Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, confirmou, na terça-feira, durante a apresentação da Estratégia de Marketing para o Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) até 2020, que a autarquia tem sido contactada por vários potenciais investidores em novas unidades hoteleiras no concelho.
“Temos interessados e indicação que vão surgir novas unidades”, revelou o autarca, contabilizando que “mais do que três” empresas já entraram em contacto com a Câmara vila-realense para pedir informações.
O autarca acredita que o Douro “tem tudo” para ser um grande destino turístico, desde condições de acessibilidades (“estamos a cerca de 45 minutos do aeroporto internacional, a uma hora do terminal de Leixões”), à paisagem reconhecida pela Unesco, passando pela gastronomia “absolutamente extraordinária” e ícones arquitetónicos projetados em todo o mundo. “No entanto, não somos um local de turismo privilegiado, também por culpa nossa, porque temos que reforçar a oferta hoteleira”, lamentou o autarca.
Mencionando os 760 mil turistas que percorrem o Rio Douro anualmente, Rui Santos defendeu a necessidade de encontrar formas deles usufruírem mais do território, de conseguir que, “não façam só o passeio fluvial, mas também visitem, estejam, consumam” noutras zonas da região.
Esse é também um dos objetivos principais da Turismo do Porto e Norte que, através da sua Estratégia de Marketing para os próximos cinco anos, quer aumentar a média da estadia do turismo no Norte, que atualmente é de 1,9 noites.
Segundo Isabel Castro, diretora de operações da TPNP, a meta proposta é, até 2020, “chegar aos valores nacionais e ultrapassá-los”, ou seja, atingir a média de quatro noites passadas na região Norte por cada turista.
O caminho para atingir essa meta passa, segundo a mesma responsável, por garantir o “compósito de produto que podemos oferecer” e pela aposta na formação, para termos serviços com cada vez maior qualidade.
Outro objetivo traçado pelo Plano de Marketing é aumentar em 30 por cento o número de turistas, ou seja, atingir em 2020 os sete milhões de visitantes, sendo para isso necessário incrementar a notoriedade de todos os sub-destinos do Norte, nomeadamente o Douro, Trás-os-Montes, Porto e Minho.
“Precisamos de vender, vender, vender”, defendeu Melchior Moreira, presidente da TPNP, sublinhando a ideia de que é necessário diminuir as assimetrias entre os vários territórios de modo a levar os visitantes a viajar pelas quatro sub-regiões.