Esse encontro é já habitual fazer-se na diocese de Vila Real como preparação para a Quaresma, mas neste Ano Sacerdotal, com o acordo dos respectivos bispos, fez-se em conjunto. A reflexão esteve a cargo do bispo de Vila Real, D. Joaquim Gonçalves, que está a celebrar os 50 anos de Sacerdócio. De manhã, falou de «O mistério pascal na vida do presbítero» e, de tarde, da «preparação e celebração das festas pascais».
O Mistério Pascal é diferente de festa da Páscoa: está é uma celebração organizada pela Igreja no séc. II, ao passo que o Mistério Pascal é um acontecimento fundante, anterior àquela festa. O Mistério Pascal é o núcleo central dos quatro Evangelhos, ocupa toda a pregação de Paulo, deu origem à primeira arte cristã e aos sinais oficiais da fé, e está presente na Eucaristia, no aparecimento do Domingo, na celebração dos sacramentos e nos sacramentais. O Mistério pascal enche todo o ano, incluindo o Natal que deve ser lido a partir da Páscoa. Daí a sua importância na vida de toda a Igreja e mormente na vida do presbítero. A ignorância ou menor consciência deste mistério está na base de uma piedade lânguida, no esquecimento do Domingo confundido como mero dia de descanso, na celebração rotineira dos sacramentos, e na mundanização das próprias exéquias. A Semana Santa é uma organização da Igreja para celebrar o Mistério Pascal que ultrapassa essa Semana, mas requer cuidados especiais dos párocos.
Além de muitos padres das duas dioceses, tomaram parte alguns diáconos permanentes e os diáconos a caminho do presbiterado.