As escolas portuguesas já receberam 1.860 alunos ucranianos, que “estão a ser integrados numa perspetiva de desenvolvimento das suas competências linguísticas”, referiu o ministro, acrescentando que “há também uma preocupação com alunos russos que estão no sistema educativo português e que não são responsáveis por aquilo que o presidente do seu país [Vladimir Putin] promove”.
“É preciso ter as escolas como o laboratório de democracia e uma oficina de paz. Ou seja, se nas escolas não conseguirmos isso, não vamos conseguir em mais lado nenhum”, declarou.
Relativamente às crianças ucranianas que estão a ser integradas no sistema educativo português, João Costa sublinhou a preocupação em “trabalhar muito as competências sociais e emocionais dos alunos”, pois “vêm num contexto de trauma, num contexto de guerra, e, portanto, a prioridade é promover o seu bem-estar, e a sua integração com os seus colegas”.
“Este é o objetivo principal neste momento, neste contexto de invasão brutal que estamos a viver, e em que todos temos o dever de nos solidarizarmos com estes e com outros refugiados. Em Portugal, felizmente, temos uma experiência acumulada de receção de menores não acompanhados vindos de outras partes do mundo, o que nos ajuda a ter uma resposta já bastante estruturada”, frisou.
Segundo o governante, “temos crianças que pretendem – e estamos a trabalhar isso também com o governo ucraniano – continuar a acompanhar o currículo em ucraniano, e há uma disponibilização de serviços de educação à distância feito pelo governo ucraniano. Aquilo que temos de trabalhar é a compatibilização entre estas duas vontades”, apontou.