Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
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Eu não mato nem roubo

Esta é uma frase muito comum na boca dos que têm uma visão deturpada sobre actos morais ou imorais. Se não, vejamos. Tu, jovem adolescente ou mulher ainda nova que usas habitualmente a pílula anticonceptiva, para viveres o que chamas “sexo seguro” e a que eu chamo “sexo sem compromissos”, já pensaste que muitos desses […]

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Esta é uma frase muito comum na boca dos que têm uma visão deturpada sobre actos morais ou imorais. Se não, vejamos.

Tu, jovem adolescente ou mulher ainda nova que usas habitualmente a pílula anticonceptiva, para viveres o que chamas “sexo seguro” e a que eu chamo “sexo sem compromissos”, já pensaste que muitos desses fármacos são abortivos e tu matas seres indefesos?

Tu, cidadão despreocupado e egoísta, já pensaste que sempre que agrides o ambiente, poluindo o ar e as águas sem pensares no mal que estás a fazer, estás a matar as pessoas, se não directamente, indirectamente, pelo mal que lhes faz o mau ambiente em que vivem?

Tu, cidadão leviano que lanças suspeitas sobre o comportamento do teu semelhante sem cuidares de saber se têm fundamento e com isso podes levar à morte o bom-nome e a reputação dos visados que, mesmo que se prove a sua inocência, ficam sempre com o estigma daqueles que duvidam?

Tu, empresário de sucesso que vives “à grande e à francesa”, à custa dos lucros da tua empresa, esquecendo-te de pagar o suficiente aos teus colaboradores e até repartir com eles os lucros que eles te ajudaram a auferir, já pensaste que os estás roubar, ainda que de uma maneira camuflada?

Tu, cidadão trabalhador que fazes os possíveis e os impossíveis por fugir ao pagamento dos impostos justos (eu disse justos, não disse abusivos), já pensaste que estás a roubar os mais desfavorecidos?

Tu que consegues, ter uma fortuna fabulosa, à custa da corrupção, chamando-lhe “operações financeiras próprias de uma inteligência superior” já pensaste que estás a roubar aquilo que, por direito, pertenceria ao outro que, honestamente, não se deixou corromper?

E mais podíamos dizer, mas basta isto, para ver que, afinal, quem diz, com ar cândido e inocente, “eu não mato, nem roubo”, pode ser, afinal, um refinado assassino e um refinado ladrão, só que não tem disso a consciência, mas tem esperteza para escapar às malhas da justiça dos homens, esquecendo, contudo, que não escapará à justiça de Deus.

Mas não quero deixar de frisar o seguinte: quem cai nas malhas da justiça dos homens fica sujeito a castigo, mas quem cai nas mãos de Deus pode ter, se quiser, o Seu perdão.

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