2006 não podia ter aberto a porta a 2007 da pior maneira. Termina com as imagens nuas e cruas do enforcamento de um ser humano, ao jeito de grande espectáculo, um circo máximo para todo o mundo ver, saciando tendências sádicas em alguns, alimentando masoquismos de outros, despertando vinganças cegas noutros tantos. A sentença de Sadam é um acto que iguala os juízes ao criminoso, a execução da pena é o regresso às torturas medievas, a morte que se seguiu é o regressar do Homem aos confins da barbárie. O que se seguiu foi também medonho: altas individualidades da política internacional a louvarem o acto, a lavarem as mãos, a invocarem uma pretensa justiça que
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