Não parece, mas é a mesma N.ª S.ª da Graça que os portugueses veneram desde o Minho aos Açores, e de forma muito especial no alto do Monte Farinha, em Vilar de Ferreiros, Mondim de Basto. Embora esta imagem não seja a que se venera no famoso miradouro de entre Tâmega e Douro, também, diga-se de passagem, os cristãos não adoram imagens, respeitam-nas por ver nelas um piedoso instrumento que facilita o diálogo e a relação do homem com Deus. E claro, com mais de oitenta paróquias portuguesas consagradas a N.ª S.ª da Graça, mau era que as imagens alusivas à Titular das respectivas paróquias, obedecessem a um só e único modelo que pusesse em causa a inspiração e sensibilidade do artista, nunca tal aconteceu na história da Igreja!
Esta introdução visa, sobretudo, alertar que a presente imagem foi recolhida algures na cidade de Leiria, onde também nossa Senhora da Graça é muito venerada. E que a minha, a do Monte Farinha, fica de reserva para ser venerada por quem no próximo dia 31, último domingo de Maio, subir onde os ciclistas da Volta a Portugal costumam fazê-lo na etapa mais famosa e difícil do evento. Depois, porque as tradicionais solenidades que anualmente ali ocorrem por esta data, têm mais a ver com a fé em Cristo do que propriamente com a devoção mariana. Uma vez que por Maria se vai a Jesus, ensina São Josemaria Escrivá.
Portanto, a festa da Ascensão que há séculos se celebra no alto do Monte Farinha, não é outra senão a festa da Ascensão do Senhor ao Céu, que
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