“Estamos preparados para isso, não sei se vai acontecer, mas estamos preparados” para retirar pessoas, disse domingo à noite à Lusa o presidente da Câmara de Murça, Mário Artur.
O incêndio avançou para o concelho de Vila Pouca de Aguiar, onde apresenta uma frente de vários quilómetros, ameaçando várias instalações agrícolas e, por proximidade, as aldeias de Reboredo e Vales, lê-se na página do município no Facebook.
A informação adianta que foram solicitados reforços ao Comandante Distrital de Operações de Socorro de Vila Real, uma vez que “os únicos [bombeiros] presentes são da corporação de Vila Pouca de Aguiar”, tendo Miguel Fonseca referido, num contacto com o presidente do município, que “haveria equipas em deslocação“ para o concelho.
Miguel Fonseca disse à Lusa que Murça e Vila Pouca de Aguiar são incêndios contíguos, o que é “muito preocupante, porque está a arder uma grande área de povoamento florestal, pinhal adulto, e algum mato”, com “uma violência enorme de condições meteorológicas, particularmente de vento”.
Segundo disse, estão a ser reforçados meios em Murça e em Vila Pouca de Aguiar, a nível regional e nacional, mas admitiu que “leva tempo, devido às ocorrências de grande dimensão que estão a absorver muitos meios”.
O incêndio que deflagrou por volta das 16h35, na localidade de Cortinhas, concelho de Murça, mobiliza, neste momento, 157 operacionais apoiados por 54 viaturas. Já no concelho de Vila Pouca de Aguiar, na localidade de Vales, encontram-se 76 homens, apoiados por 22 viaturas.