Os fundos comunitários disponíveis atualmente para investimento em água e saneamento obrigam à existência de uma escala que um município não consegue atingir sozinho. Daí que oito municípios da região (Vila Real, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo) se tenham unido para criar uma nova empresa.
Enquanto essa empresa não abre portas, a prioridade são os trabalhadores da EMAR-VR. Nesse sentido, a autarquia vila-realense convocou uma assembleia extraordinária para decidir o futuro dos 10 funcionários. A lei protege os trabalhadores e prevê que, neste caso, o município os acolha até que possam ser integrados na nova empresa.
A proposta acabou por ser aprova, por maioria, com 10 votos contra, 38 a favor e duas abstenções.
PSD E CDS-PP VOTARAM CONTRA
Vasco Amorim e Patrique Alves foram as vozes mais ativas na assembleia extraordinária desta quarta-feira. Os deputados do PSD e CDS-PP, respetivamente, votaram contra a internalização dos serviços e funcionários da EMAR-VR na autarquia de Vila Real.
“Não fiquei muito convencido com aquilo que li na documentação apresentada. Não seria melhor fazer uma análise das carreiras?”, argumentou Vasco Amorim.
Do lado do CDS-PP, regressaram algumas perguntas do passado relacionadas com a extinção da EMAR. Patrique Alves questionou o executivo sobre novas contratações e possíveis encargos para os cidadãos.
Rui Santos, presidente da Câmara Municipal, respondeu aos dois deputados municipais dizendo que “são perguntas repetidas e algumas sem cabimento”. O autarca garante que o objetivo da nova empresa é “ser mais eficiente, ter mais resultados e assim beneficiar os munícipes que terão menos encargos”.
Numa altura em que, na assembleia extraordinária, já se falava do passado, Rui Santos lembrou que foi graças ao seu executivo que “a fatura da água baixou 15%. Já fizemos investimos cerca de 20 milhões de euros em saneamento básico, com a criação de mais de 100km de condutas.”