Quem o diz é Susana Massa, que garante “é isso que vamos fazer, também, no próximo ano letivo”. De acordo com a diretora do estabelecimento de ensino “a nossa aposta para o próximo ano letivo é nos cursos técnicos de Cozinha/Pastelaria, Restaurante/Bar e Turismo Ambiental e Rural, que já existiu há uns anos e que decidimos retomar face às necessidades da região”.
“Estamos inseridos numa região que pede profissionais na área do turismo. Todos os dias recebemos solicitações de empresários locais e nacionais. É, nesse sentido que vamos abrir o curso no próximo ano letivo”, conta, admitindo que “é um curso que, no nosso entender, terá bastante saída”.
A este junta-se o curso de Vitivinícola, “que é a essência e a matriz da escola”, e também o de Termalismo, “com as Caldas de Moledo prestes a estarem reabilitadas e para onde serão necessários profissionais da área, juntamente com o número de unidades hoteleiras que já existem e as que irão abrir”.
Na hora de escolher os cursos do próximo ano letivo, “tentamos que sejam áreas com uma taxa de empregabilidade elevada, com muita saída profissional na região e que permitam aos alunos prosseguir estudos”. De acordo com a responsável, “todos os anos, o número de alunos a seguir para o ensino superior tem aumentado consideravelmente”.
MAIS-VALIAS
Quem chega à cidade de Peso da Régua para estudar na EPDRR encontra um espaço “com instalações excelentes, adequadas a cada curso”, motivo pelo qual “quando vão realizar a sua formação em contexto de trabalho, os alunos não vão aprender, mas sim colocar em prática todos os conhecimentos que adquirem na escola. A componente prática dos cursos profissionais que ministramos é de exigência e de muita qualidade, pois é isso que permite formar excelentes profissionais”, refere Susana Massa.
“Tentamos ter cursos com uma taxa de empregabilidade elevada e com muita saída profissional na região”
SUSANA MASSA
Diretora
“Temos três adaptadas para o Curso Técnico de Termalismo, uma sala de duche Vichy, uma de massagens e um SPA. Temos uma sala equipada para os alunos de instalações elétricas”, indica.
Além disso, “temos uma pastelaria, totalmente remodelada, a adega, armazém de vinho generoso, um hangar e um laboratório de enologia, perfeitamente equipados para as aulas do curso de vitivinícola, um restaurante pedagógico, para os cursos de restaurante/bar e cozinha/pastelaria”.
Daí que, reforça, “os alunos saem daqui totalmente preparados para o mercado de trabalho”.
Além disso, a escola produz uma marca registada de vinho generoso de 10 e 20 anos, a “Quinta do Rodo”, sendo que os alunos do curso de vitivinícola, com a ajuda dos professores, participam em todo o processo, “desde a vindima ao engarrafamento”.
Mas uma das grandes mais-valias desta escola é “termos uma residência própria, que nos permite captar alunos de vários concelhos, porque podem ficar aqui alojados durante a semana”.
À VTM, a diretora diz que “temos 30 estudantes numa das residências, mas existe capacidade para muitos mais”. Para breve, está prevista a abertura do restaurante pedagógico da escola a toda a comunidade.
TAXA DE EMPREGABILIDADE
Hoje em dia, “o ensino profissional é uma mais-valia”, garante Susana Massa, até porque “verificamos, todos os dias, que há uma enorme falta de mão de obra no setor vitivinícola, na restauração e no turismo. E nesta região são setores em expansão e nós estamos cá para dar resposta a esse problema, através da formação de profissionais de qualidade”.
Prova disso é que “temos alunos a terem sucesso em vários pontos do país. É gratificante vê-los serem bem-sucedidos. O sucesso deles, é o nosso sucesso também”, frisa a diretora, contando que “a nossa taxa de empregabilidade é muito alta”.
A Escola Profissional da Régua, como é também conhecida, conta, atualmente, com 136 alunos, sendo ainda um estabelecimento com um Centro Qualifica, que dá resposta no âmbito do reconhecimento, validação e certificação de competências de adultos de nível escolar e profissional, que conta com o programa “Acelerador Qualifica”, inserido no Plano de Recuperação e Resiliência.
“Trata-se de um incentivo financeiro atribuído aos adultos que, reunindo determinadas condições de elegibilidade, obtenham uma qualificação escolar ou profissional em processo de reconhecimento, validação e certificação de competências”, conclui.