Quarta-feira, 1 de Maio de 2024
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GNR sensibiliza crianças do distrito para uma ‘navegação’ segura

Com o ‘boom’ das novas tecnologias, mesmo as crianças em mais tenra idade são confrontadas diariamente com a internet. Conceitos como password, download, e-mail e mesmo as redes sociais não são estranhos aos mais pequenos, que agora têm que aprender a defender-se também no mundo virtual. No Dia Europeu da Internet Segura, o Nosso Jornal acompanhou uma sessão de sensibilização levada a cabo pela GNR, uma de muitas que vão decorrer durante todo o primeiro trimestre deste ano.

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“Tenho computador com internet em casa, e o meu irmão até já criou o meu Facebook”, disse orgulhoso Nuno Mesquita, aluno de nove anos da Escola Básica do Primeiro Ciclo de Medrões, em Santa Marta de Penaguião, onde, no dia 8, Dia Europeu da Internet Segura, decorreu uma das mais de sete dezenas de palestras que, denominadas “Comunicar em Segurança”, estão a ser promovidas pela Guarda Nacional Republicana (GNR) no distrito.

Na acção de sensibilização aos cibernautas de palmo e meio, o guarda Nogueira e a guarda Ivone Borges deram uma verdadeira aula sobre os comportamentos mais seguros a ter no mundo virtual, bem como os riscos a ter em conta não só na internet mas na utilização das novas tecnologias enquanto meios de comunicação.

Juliana Maria, de 9 anos, revelou, ao Nosso Jornal, que “pode andar sozinha (sem a supervisão dos pais) na internet” porque já é “crescida” e sabe os cuidados a ter, no entanto, reconheceu que aprendeu muito na palestra. “Aprendi que não se deve gozar com os colegas na internet (cyberbulling), que devemos colocar password nas fotografias e que não devo falar com pessoas estranhas”, explicou a jovem.

Os alunos de Medrões também aprenderam algumas regras no que diz respeito à utilização dos telemóveis, como por exemplo não atender números não identificados nem fornecer informação (onde se encontram, que escola frequentam ou para onde vão de férias) a pessoas que ligam com números que lhes são desconhecidos.

José Barreto, professor da escola de Medrões, acredita que muitos dos seus alunos já “têm contacto com a internet” em casa, utilizando-a, sobretudo, para entretenimento, como jogos.

O projecto “Comunicar em Segurança” é destinado a alunos e professores do Ensino Básico e Secundário, e tem como objectivo alertar a comunidade educativa para a utilização correcta e segura das tecnologias de informação, partilhar conhecimentos essenciais para uma utilização segura e responsável da internet e do telemóvel”.

Segundo o primeiro-sargento Luís Teixeira, comandante do Posto Territorial da GNR de Santa Marta de Penaguião, “o objectivo principal é fazer uma chamada de atenção para que se consiga prevenir e reagir aos riscos on-line a que estão sujeitos os jovens e as crianças”.

O mesmo responsável reconheceu que “ainda há uma grande percentagem de crianças que não tem o controlo parental sobre a utilização da internet”, sendo necessário apelar aos pais para que estejam atentos, de forma frequente, verifiquem os sites por onde navegam os seus filhos e estabeleçam regras relativamente às páginas que podem ou não ser visitadas.

Dinamizado a nível nacional, só no distrito de Vila Real, e durante a sua primeira fase, que tem acções agendadas durante o primeiro trimestre do ano, o “Comunicar em Segurança” prevê mais 70 palestras, abrangendo assim milhares de crianças e jovens.

Apesar de não haver dados distritais sobre crimes informáticos, no âmbito do Dia Europeu da Internet Segura, a União Europeia (EU) contabilizou que um terço dos seus internautas “foram vítimas de vírus informático”. “Em 2010, cerca de um terço dos particulares (31 por cento), que utilizaram a internet nos 12 meses anteriores ao inquérito, declararam ter sido vítimas de um vírus que se traduziu numa perda de informações ou de tempo. Durante o mesmo período, 3 por cento dos internautas na UE foram vítimas de perdas financeiras devido à utilização fraudulenta de cartões de crédito”.

O mesmo estudo indica ainda que “14 por cento das famílias com pelo menos uma criança utilizaram um programa de controlo parental e 5 por cento declararam que as crianças tinham tido acesso a sítios não apropriados ou tinham comunicado com pessoas potencialmente perigosas”.

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