Todo o doente é um ser singular, é uma pessoa em sofrimento e possui uma dimensão espiritual, vertente que não deve ser ignorada ou subestimada, pois só ela poderá levar a encontrar horizontes novos de esperança renovada, mesmo quando a ciência já nada pode fazer, na luta pela vida.
Sendo a saúde um problema global do ser humano, a exclusão da dimensão terapêutica da vertente espiritual nos hospitais seria, sem dúvida,”uma falha clínica muito grave “.
A recuperação completa do doente implica, naturalmente, que lhe seja administrada também a assistência espiritual e religiosa, a qual só poderá ser fornecida pelas Capelanias existentes nos hospitais.
A sua presença em Instituições de Saúde, para além de não violar o conceito de Estado laico, reveste-se numa prestação de serviço, mais rica, mais completa e abrangente, logo indispensável na consecução do bem do doente, da sua família e de toda a sociedade.
A vivência duma religiosidade saudável é parte integrante da humanização dos cuidados de saúde, é um imperativo ético e exige uma forte colaboração entre o Estado, a Igreja Católica e todos os demais credos religiosos.
Respeitando as crenças de cada um, as instituições prestadoras de cuidados de saúde só cumprem verdadeiramente a sua global missão se concretizarem a dimensão terapêutica da espiritualidade e assim, o ”Hospital será um lugar de Esperança”.