Sábado, 18 de Janeiro de 2025
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Já não há Robins dos Bosques

Como um nevoeiro que se adensa, paira sobre o país uma nuvem negra de suspeição, misto de desconfiança, medo, raiva e revolta. E o que se dizia no segredo das esquinas ou no sussurro de uma conversa a dois, já diz de boca cheia, já se berra nos mercados, já se acusa publicamente: - “em Portugal o Estado anda a roubar aos pobres para dar aos ricos!” E é assim, com esta simplicidade linear, que o povo condensa as cátedras da Economia, da Sociologia, da Gestão e da Política.

O povo pode ter os seus defeitos, mas tem pelo menos esta virtude de saber reduzir a termos simples, a complexidade da História, e a explicar numa palavra o esquema mais enredado de um acontecimento. Porque, ao cabo e ao resto, é ele o fim de todas as políticas, é sobre que recai o resultado final de todas as decisões. Para o bem ou para o mal, ele é o barómetro.

O povo, também, quando não entende, tende a ser demagogo – dizem. Mas será assim? O que há a explicar quando o Estado disponibiliza milhões para salvar Bancos geridos por sumidades, ao mesmo tempo que corta o básico aos pobres com a desculpa de

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