Depois das queixas dos moradores junto da Câmara Municipal de Vila Real, e de “notificado o proprietário”, a lavagem de automóveis instalada na Estrada Nacional 2, junto às Flores, foi encerrada, no dia 23, com o recurso a fitas, uma media que segundo os queixosos não resolveu o problema.
“As pessoas levantam as fitas, entram e utilizam na mesma as máquinas”, explicou Aurora Caldas, uma vila-realense que vive paredes-meias com o serviço que, a funcionar desde o início do mês, não tem dado descanso aos moradores da zona, devido ao seu funcionamento 24 horas por dia.
Segundo a mesma moradora, apesar do encerramento do serviço, ainda no sábado, vários automobilistas desviaram as fitas e entraram para utilizar serviço de lavagem ‘self service’.
Como recordou Aurora Caldas, dois dias depois da entrada em funcionamento do novo equipamento privado, que aconteceu no dia 1 de Agosto, vários moradores encetaram diligências junto da Câmara Municipal para evitar que este funcionasse durante a noite, “devido ao barulho das máquinas de lavagem e aspiradores”. Nessa altura depararam-se mesmo com a falta de licenciamento do projecto. “Havia um pedido de alteração do projecto inicial que não foi aceite”, logo o serviço, que já estava construído e em funcionamento, ainda não está licenciado, explicou.
A mesma fonte recorda que a lavagem ‘self service’ tinha vários clientes nocturnos, automobilistas que lavavam as suas viaturas “às duas ou três da manhã”, ou até “perto das cinco”, como garante ter acontecido.
Apesar dos moradores queixosos ainda não terem recebido qualquer resposta por parte da Câmara Municipal de Vila Real, ao Nosso Jornal, Miguel Esteves, vereador da autarquia, garantiu que de facto o projecto não está licenciado e que “o proprietário já foi notificado para encerrar” o serviço, o que significa “não só interditar o espaço com fitas, mas também desligar as máquinas”.
“Nunca vamos permitir o funcionamento de um serviço desses 24 horas por dia junto a uma zona habitacional, nem pensar nisso”, revelou o edil, garantindo que acima de tudo “está o direito ao descanso das pessoas”.
Mais, Miguel Esteves deixou a garantia de que “caso o serviço continue a funcionar”, a Câmara Municipal terá “que tomar medidas mais radicais”.