Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024
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Maioria dos países da nato aquém do objetivo militar

O conflito militar, em consequência da invasão da Ucrânia por parte da Rússia, tornou a discussão sobre a capacidade de defesa do Ocidente, e particularmente na Europa, ainda mais premente.

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Nesse sentido, já foram feitas promessas, nomeadamente por países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), de reforçar os seus orçamentos de despesa militar para fazer face a esta viragem no contexto geopolítico internacional.

A NATO, que chegou a ser descrita pelo presidente francês Macron em 2019 como presenciando uma “morte cerebral”, está a ver o seu papel fortalecido nesta crise. De relembrar que um dos princípios basilares da NATO é o seu artigo 5, que garante que um ataque a um dos seus países é um ataque a todos.

Durante a Cimeira de Gales de 2014, todos os membros da NATO concordaram em gastar 2% do seu PIB em defesa até 2024. Porém, atualmente só 10 dos seus membros atingem esse valor de referência, ainda que com apelos constantes dos Estados Unidos para aumentarem as suas contribuições financeiras. Num anúncio histórico, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que, pela primeira vez, a UE financiará a compra e entrega de armas e equipamentos a um país sob ataque, referindo-se à Ucrânia.

“Teremos que investir mais na segurança do nosso país para proteger a liberdade e a democracia”, disse, por outro lado, Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, a 27 de fevereiro de 2022. Com esse fim, o governo alemão decidiu dedicar 100 mil milhões de euros para investimentos militares no seu orçamento de 2022, o que equivale a mais de 2% do seu PIB. Todo o orçamento de defesa da Alemanha, em comparação, foi de 47 mil milhões de euros em 2021. A Alemanha, depois de uma política de recusa de envio de armas para zonas de conflito, concordou em enviar armas para a Ucrânia, incluindo armas antitanque defensivas, mísseis terra-ar e munições.

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, admite que Portugal terá, como todos os países europeus, de repensar o investimento militar. Portugal também vai enviar equipamento militar para a Ucrânia, nomeadamente espingardas G3, coletes, capacetes e granadas.

Nunca se falou tanto nas últimas décadas, como hoje, na Europa, do papel da defesa nacional na preservação da soberania de cada país e da sua liberdade. Sem populismos, convém também em Portugal discutirmos este tema, bem como a importância da NATO (num contexto em que determinados partidos portugueses defendem a sua saída).

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