Domingo, 8 de Dezembro de 2024
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Manhã de caça trágica no distrito

Dois disparos acidentais mancharam de sangue o domingo de caça no distrito de Vila Real. Se num caso o incidente aconteceu quando o caçador estava sozinho, noutro, foi um companheiro de caça que, acidentalmente, foi responsável pelo disparo fatal. Dois caçadores morreram, na manhã do dia 18, na sequência de disparos acidentais ocorridos em zonas de caça nos concelhos de Chaves e Vila Real.

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Em Vila Real, mais exactamente em Nogueira, a vítima foi Armando dos Santos, um caçador experiente de 63 anos, que, sozinho e numa zona de mato muito irregular, junto à Quinta da Parapomba, foi atingido no abdómen.

A Guarda Nacional Republicana ainda não avança com os contornos exactos do incidente, no entanto “tudo indica que a arma tenha disparado acidentalmente”.

No mesmo dia, e sensivelmente à mesma hora, um outro disparo acabou por ser fatal, mas desta feita para Carlos José Leite Salgado, de 34 anos, e residente em Oura, concelho de Chaves.

Tanto quanto o Nosso Jornal conseguiu apurar, a vítima saiu de casa, por volta das 7h30, na companhia de Agostinho Pesqueira, para um dia de caça aos coelhos e perdizes, junto à aldeia de Vila Verde (Vidago).

Já no local, Carlos Salgado deu uma pequena queda e feriu-se numa mão e, aconselhado pelo amigo, decidiu dirigir-se ao hospital para receber tratamento. No entanto, quando se preparavam para entrar na carrinha, e numa altura em que Agostinho Pesqueira estava a colocar o “travão de segurança” no gatilho da caçadeira, esta terá disparado, alegadamente porque o amigo ter-se-á esquecido que ainda tinha um cartucho..

Segundo os Bombeiros Voluntários de Vidago, o tiro, praticamente à queima–roupa, atingiu a zona do pescoço de Carlos Salgueiro quando este se encontrava no outro lado da viatura e se preparava para entrar. Teve morte imediata.

Em pânico, Agostinho Pesqueira pediu de imediato socorro aos Bombeiros de Vidago e à GNR.

A vítima foi emigrante durante alguns anos em Andorra, mas agora já estava a trabalhar em Portugal, conjuntamente com a sua esposa (grávida de oito meses do primeiro filho), numa empresa do Porto. Um familiar contou que “a mulher da vítima lhe tinha pedido para não ir caçar de manhã porque estava muito frio”, mas ele acabou por ir.

O autor dos disparos foi identificado pela GNR e ouvido pela PJ, sendo que vai aguardar em liberdade a evolução do processo judicial.

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