Durante mais quatro anos, a Casa do Douro, CD, vai ter como timoneiro, novamente, Manuel António Santos. Depois de uma eleição adiada por falta de quórum eleitoral, o dirigente duriense conseguiu 85 votos dos 125 membros do Conselho Regional, numa votação que teve a participação de 93 conselheiros, onde se registaram cinco votos contra e três abstenções.
Num momento em que a CD vive uma situação financeira muito difícil com uma dívida ao Estado e à banca que ultrapassa os 100 milhões de euros, o presidente reeleito não terá pela frente um mandato fácil. Daí que, a prioridade de Manuel António dos Santos passe pelo pagamento da dívida da instituição ao Estado, através da entrega de vinhos, que estão a ser avaliados pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). A definição clara dos estatutos da Casa do Douro, se será uma instituição de interesse público ou privado é outra meta prioritária a atingir. Aliás, já foi entregue uma petição com 4000 assinaturas para levar a Assembleia da República a debater e definir os estatutos da instituição duriense.
Manuel António Santos está no cargo desde 1999, substi-tuindo na altura Mesquita Montes. Depois de muita e-fervescência no período pré-eleitoral, com Pedro Garcias a dar a sensação que poderia ir mesmo até ao fim, este acabaria por se retirar. Depois, surgiu a Avidouro e o Movimento de Viticultores Pró-Douro de Mário Abreu Lima. Todos acabaram por declinar uma candidatura à CD, embora Mário Abreu Lima tenha ganho algum espaço eleitoral.
Recorde-se que, o primeiro acto eleitoral esteve marcado para dia 21 de Março e ia reeleger Manuel António Santos, mas faltaram os votos de quatro conselheiros. Nesse dia votaram apenas 94 dos 98 necessários para o respectivo quórum.
Entretanto, no sábado, dia 4 de Abril, realiza-se-á uma reunião do conselho regional para a tomada de posse da direcção e eleição da Comissão de Fiscalização e da Comissão Permanente.