Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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Manuel Martins reconheceu “importante papel da oposição”

Depois de ter saído vencedor das eleições do dia 11, Manuel Martins voltou a tomar posse como presidente da Câmara Municipal de Vila Real. Segundo o autarca, o quadriénio que agora se inicia precisa de uma oposição capaz, que contribua com ideias e propostas para o desenvolvimento do concelho.

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“Queremos uma oposição atenta e perspicaz que nos vá alertando” sobre as problemáticas do concelho, admitiu Manuel Martins, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, durante a cerimónia de instalação dos órgãos autárquicos da capital de distrito, realizada no dia 26.

O autarca, eleito mais uma vez pelo Partido Social-Democrata (PSD), recordou o mandato em que o executivo vila-realense foi composto por cinco vereadores do seu partido e apenas dois socialistas (ao contrário dos dois últimos mandatos, em que o PS elegeu três vereadores), classificando-o como um período de quatro anos “mais relaxado” e durante o qual a sua equipa não foi “espicaçada” o suficiente.

Apesar de considerar que “nem sempre têm razão”, Manuel Martins sublinhou o importante papel das forças da oposição e garantiu que vai “ouvir quando tiver que ouvir” e tomar as decisões adequadas mesmo que estas forem de encontro com as ideias defendias pelas forças opositoras.

Se no último mandato a garantia de cooperação do “penta-repetente”, como o próprio edil se intitulou, seriam dirigidas, no que diz respeito à Assembleia Municipal, apenas ao Partido Socialista (PS) e à Coligação Democrática Unitária (CDU), na instalação dos novos órgãos autárquicos, Manuel Martins falou também para os dois deputados eleitos pelo Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP) e para o deputado eleito pelo Bloco de Esquerda para a Assembleia Municipal.

Na cerimónia tomaram posse os sete vereadores da Câmara Municipal de Vila Real (PSD – Manuel Martins, Domingos Madeira Pinto, Dolores Monteiro e Miguel Esteves; PS – Rui Santos, Eugénia Almeida e Henrique Morgado) e, na Assembleia Municipal, 16 deputados eleitos pelo PSD, 11 eleitos pelo PS, dois eleitos pelo CDS-PP, um eleito pela CDU e um eleito pelo BE. Por inerência integram ainda a Assembleia vila-realense os 23 presidentes de junta sociais-democratas e os sete eleitos pelo PS.

Depois de empossado, Manuel Martins voltou a deixar a certeza de que o seu quinto mandato será assumido com “o mesmo empenho, dedicação e vontade”. “O meu espírito hoje é o mesmo de há 16 anos, quando tomei posse pela primeira vez”, revelou o edil, deixando ainda uma palavra de agradecimento à renovação da confiança por parte da população no projecto do PSD para Vila Real.

“Temos um compromisso eleitoral para cumprir nos próximos quatro anos”, explicou Manuel Martins, referindo que, para além de concluir as cerca de dez obras que a autarquia tem hoje em curso, o novo mandato terá uma atenção especial para a confirmação de Vila Real enquanto “capital de uma região” e para o investimento “nas pessoas”, em especial nas crianças, idosos, pobres e famílias mais carenciadas.

Com um total de 40 projectos ‘na manga’, o edil garantiu que a autarquia já tem 80 por cento dos fundos necessários para os cumprir, deixando a advertência que estes só não se cumprirão até ao final do mandato se “andarmos a perder tempo”.

“Espero que possamos esquecer o nosso ponto de partida e nos concentremos no nosso ponto de chegada”, sublinhou José João Bianchi, deputado eleito pelo PS, e que, aliás, irá também representar o distrito na Assembleia da República.

Também Filipe Rolão, eleito pelo BE, deixou o desejo de “poder contribuir” para o desenvolvimento do concelho, não só através da “fiscalização da actividade da autarquia” mas apresentado propostas “para que Vila Real seja melhor”, destacando o “combate à crise como a grande prioridade” dos próximos anos.

Júlia Violante, eleita pela CDU, focou a necessidade de garantir “melhores condições de vida aos vila-realenses, destacando o desenvolvimento da “rede de saneamento básico em todo concelho e a aposta na educação” como alguns dos pilares a defender pelo seu partido no próximo mandato.

Já o CDS-PP, representado na Assembleia por Jorge Pinho e Joana Rapazote, defende ainda “o rigor e a transparência” da actividade autárquica. “Esperamos que no final destes quatro anos consigamos uma aproximação maior entre os eleitos e os eleitores, entre os órgãos da Câmara Municipal e o próprio cidadão”, defendeu o deputado popular.

Em breve será agendada a reunião onde será discutido e aprovado o regimento da Assembleia Municipal, onde serão eleitos os membros da mesa (que à partida será presidida pelo social-democrata Pedro Passos Coelho), bem como serão nomeados os membros que constituirão as comissões especializadas.

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