Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2024
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Tenho conseguido manter-me à margem de muita coisa de que não gosto e que nada tem que ver com a minha forma de estar na vida. No entanto, alguns factos, que recentemente chegaram ao meu conhecimento, obrigaram-me a escrever estas linhas. Fiquei muito triste e até magoado quando percebi que as campanhas eleitorais deixaram de ser frontais e para gente dura, que dá luta e se defende com toda a sua capacidade. Do combate frontal, transparente, convicto e determinado já nem sombras vemos. Esse combate deu lugar à covardia política, à chantagem dos vulneráveis, ao silenciamento forçado, às promessas ou ofertas temporárias de empregos e ao tráfico de influências.

Podia ser bem extensa a lista de misérias que aqui podia deixar. Contudo, porque o meu alvo não são pessoas mas sim a defesa de princípios, aliás, tenho dúvidas se podemos chamar pessoas a seres que praticam tais actos, que Deus me perdoe, não vou colocar “o nome aos bois” como se diz habitualmente em gíria revolucionária. Eles são de diferentes tipos, uns com barbas para esconderem a cara, outros disfarçados, outros descarados e por aí fora…

Campanhas onde os interesses pessoais ditam as regras e o sentido de Estado desapareceu.

A política perdeu o seu sentido nobre na defesa do bem comum. O prestígio, o reconhecimento e o sentido do dever cumprido deram lugar, em muitos

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