Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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“Minas de Jalles” à venda mas sem interessados

Quatro terrenos e três habitações. É este o espólio do que restou da sociedade “Minas de Jalles, SA” e que foi a licitação na última segunda-feira, junto a uma das torres mineiras da antiga exploração. Porém, ninguém apareceu para comprar o licitado.

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Alguns trabalhadores mineiros da antiga empresa ainda tentaram adquirir o espólio, mas o valor oferecido foi considerado baixo. O liquidatário judicial, Florentino Matos, disse, ao Nosso Jornal, que “não apareceu ninguém interessado na compra do que resta das “Minas de Jalles, SA”, encerradas em 1992. Ao que tudo indica, não deverá ocorrer mais nenhuma licitação, salvaguardando porém “que será o Tribunal a tomar uma decisão sobre o assunto”. O valor total proposto rondava os 30 000 euros.  

De referir que, as Minas de Campo de Jales foram as únicas no país onde a exploração aurífera teve rentabilidade. O seu filão tinha origem no Norte da Península Ibérica, com origem em Oviedo, e “passava” por Lugo, Leon, Orense e Zamora. O retomar da exploração mineira aurífera na zona de Jales ainda foi ventilado pela “Kernow Mining”, a empresa que ainda realizou prospecções na área da Gralheira.

As minas de Jales  foram encerradas  em 1992 e foi a última de exploração de ouro a fechar portas no País. Em Maio de 2002, o Governo assinou 30 contratos de prospecção, pesquisa e exploração de recursos geológicos com várias empresas, representando um investimento de mais de 84 milhões de euros. Precisamente um  dos contratos era alusivo ao  início de uma exploração experimental  na área da Gralheira, próximo das antigas minas de Jales, no concelho de Vila Pouca de Aguiar. A”Minas de Jalles, SA” foi a última empresa a abandonar a exploração em Campo de Jales.

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