Uma noite “sublime”, refere o padre Hélder Libório, diretor do Secretariado Diocesano de Liturgia, Música Sacra e Ministros Extraordinários da Comunhão. “Ver a Sé cheia foi uma alegria. Podemos considerar este concerto um passo muito grande na cultura transmontana. A arte está a acontecer em Vila Real e está ao alcance de todas as gerações. Foi um momento que tocou todos os corações”.
De corações “entusiasmados” e “um pouco nervosos” pela estreia estavam os coralistas dos Ensemble da Sé, que viveram “uma experiência maravilhosa”.
No final do concerto, a coralista Ana Amaral sublinhou a magia de cantar em coro: “especial e muito único. Um ambiente muito bom, muito saudável e bonito. Há muita partilha e um amor comum pela música, que nos une a todos, e nos leva a querer que valha a pena e foi isso que sucedeu”.
Com formação de base de oito pessoas foi necessário reforçar o Ensemble com mais oito coralistas para a execução desta obra “que requer alguma massa sonora e onde o órgão sinfónico também se impõe”, revela Ana Amaral, lembrando ainda que, para esta estreia, foi tudo desenhado ao pormenor, inclusive “foi criada uma iluminação de fundo com luzes azuis, para ser coincidente com o manto de Nossa Senhora da Conceição, que é a padroeira da diocese de Vila Real”.
A “Missa Solene Salve Regina” são 45 minutos de música que se dividem em seis andamentos: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei e, para que mais pessoas pudessem assistir a esta obra, considerada pela vereadora da cultura da Câmara Municipal de Vila Real “de uma qualidade extraordinária, de grande magnitude”, para além da lotação dentro da Sé (sujeita aos lugares disponíveis), foram colocadas cadeiras, dois ecrãs e um sistema de som no exterior.
Mara Minhava referiu serem eventos como este que contribuem para o enriquecimento cultural da cidade e para levar “o seu bom nome não só pelo país, mas também além-fronteiras. Está de parabéns a diocese pelo vasto e rico programa que preparou para a comemoração deste centenário”.
O coordenador da Comissão Organizadora do Centenário, padre Manuel Queirós, considerou também esta estreia “um momento marcante” e culturalmente “uma mais-valia para a cultura da cidade e da região”.