Os moradores referem que por trás desta situação está o facto dos camiões da empresa de recolha de resíduos (SUMA) terem tido uma avaria, causada pelo piso da artéria e pela dificuldade em manobrar o veículo para despejar o contentor. Este motivo levou a empresa a deslocalizar o contentor para junto da EM 322, que liga Guiães à aldeia a Gouvinhas (Sabrosa). Porém, os residentes não se conformaram com esta deslocalização e levaram-no outra vez para o mesmo sítio. O “braço-de-ferro” continua e o lixo acumula-se dia-a-dia na rua, uma que a recolha não é feita.
Odília Garrido, 49 anos, é uma das queixosas. “Sempre tivemos o contentor na rua Senhor do Carmo. Contudo, a empresa, que faz a recolha do lixo, colocou-o numa esquina da Estrada Municipal, a cerca de 100 metros do local onde estava. Nós não concordamos e voltamos a colocar o contentor na nossa rua. Depois, os funcionários da empresa disseram-nos que se não levassem outra vez o contentor para onde estava, nunca mais viriam fazer a recolha do lixo. E estamos assim há duas semanas”.
Por sua vez, Manuel Mota Ribeiro, morador e membro da CDU na freguesia, referiu que “o contentor serve também uma escola primária e vários idosos com dificuldades de locomoção”, sendo por isso “um disparate que a empresa os obrigue a percorrer uma distância maior e expor os alunos ao tráfego da estrada municipal”. Acrescentou ainda que, o assunto será levado à Assembleia Municipal de Vila Real.
O presidente da Junta de Freguesia, José Monteiro, disse que a alteração do percurso se deveu ao facto do novo camião da empresa “não poder dar a volta no local devido aos carros estacionados”. Outra razão invocada pelo motorista da empresa é que nem de marcha-atrás o camião consegue subir a rua, que tem alguma inclinação.
José Monteiro compreende os protestos das pessoas e promete que irá dialogar com a empresa para encontrar uma solução.