Lá do alto e ao longe avistava-se o severo e grandioso Marão coberto de neve a olhar para nós e a julgar os nossos devaneios e pecados. Mais de perto e bem dentro do nosso horizonte duas ou três ruelas com casas encostadas umas às outras fumegando nos telhadas e nas chaminés para encobrirem o frio dilacerante da época de Natal. Nas casas havia janelinhas minúsculas para o frio não entrar.
Como fantasma esbranquiçado, a serra estava branca, tão branca como os lençóis estendidos a corar na relva junto aos velhos tanques de Mateus. Na aldeia havia saliências na rua, silhuetas escavadas em degraus com sulcos abertos pelos rodados dos carros de bois do António Regada,
Artigo exclusivo PREMIUM
Tenha acesso ilimitado a todos os conteúdos do site e à edição semanal em formato digital.
Se já é PREMIUM,
Aceda à sua conta em Entrar