É uma expressão, vulgarizada, para significar que seja de que forma for, esta quadra festiva não nos pode ser retirada. É neste entendimento que aceitamos as decisões, que acabam de ser anunciadas pelo poder político, através dos seus mais altos representantes, – Presidente da República e o Primeiro Ministro, quando decretam o Estado de Emergência para esta quadra festiva. No que estaremos todos de acordo, exceção feita, como é evidente, do Partido Comunista. Esqueçamos isso, porém.
Natal em tempos de pandemia…, em tempos tão dolorosos para toda a humanidade.
Veio à nossa lembrança o nascimento daquele que deu origem a tudo isto: o nascimento de Jesus, que teve lugar, segundo as Escrituras, numa manjedoura, rodeado pelos seus pais, Maria e José, e os animais domésticos que li se abrigavam do frio, que nessa noite se faria sentir. Ou seja, um Natal (nascimento) no maior desconforto.
Foi, porém, um Natal familiar, como a tradição sempre consagrou e que ao longo de dois mil anos foi sendo celebrado em festa, por todo o mundo cristão.
Isto para dizer que, o que vem sendo aconselhado, para que limitemos este ano as festividades ao ambiente familiar, faz todo o sentido, uma vez que se sabe de ciência certa, que a doença que está ainda entre nós, exige que se restrinjam, ao máximo, os contactos físicos. Há que privilegiar, portanto, o núcleo familiar mais restrito. E que se aproveitem os meios tecnológicos de comunicação, para atenuar a distância que nos separa.
Em volta da Árvore de Natal, que não deveremos deixar de levantar em cada uma das nossas casas, iremos colocar de igual forma um sapatinho, para que o Menino Jesus ali deixe umas prendinhas. É óbvio, que as lembranças do costume terão lugar, quer para os mais novos quer para os de mais idade, porque o comércio não deixou de nos enviar as suas mensagens e sugestões. Há, porém, algumas outras prendas que gostaríamos de receber este ano. António Costa lembrou, e bem, que o vírus não pode ser a nossa prenda de Natal. O que todos nós vamos desejar é que no sapatinho esteja já a vacina contra este maldito vírus, que as farmacêuticas têm anunciado terem já disponíveis, para serem aplicadas a partir do início do novo ano. E simultaneamente, uma calendarização por parte da Direção Geral da Saúde, para a sua aplicação, de forma ordenada, usando todos os meios, públicos e privados, que estejam disponíveis para o efeito.
Concluindo: Natal, será sempre que o homem quiser. Será, neste ano de 2020, o que todos nós quisermos. Está nas nossas mãos que assim aconteça.