Domingo, 1 de Dezembro de 2024
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Barroso da Fonte
Barroso da Fonte
Escritor e Jornalista. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

No dia em que o Rei faz anos

No dia em que sair à rua a edição 3584 da Voz de Trás-os-Montes, fará (908) anos o nosso primeiro rei.

Lamentavelmente posso repreender, por antecipação, todos os canais televisivos, todas as muitas rádios nacionais e locais, assim como os órgãos de informação escritos, por não darem eco desta efeméride histórica sobre o Rei Fundador de Portugal. É uma vergonha que se repete desde que me conheço e já lá vão 80 anos…

 Apostei com um grupo de amigos sobre se, dia 24 de julho último, algum destes órgãos atrás por mim acusados, daria notícia dos 891 anos do nascimento de Portugal. Ganhei a aposta. E o resultado foi este: criar a Grã Ordem Afonsina com dois objetivos concretos; oficializar o dia UM de Portugal que é dia da Batalha de S. Mamede, em 1128 e o dia 25 de julho que todos os anos acontece em 25 de julho. Sem tirar nem por.

Portugal é das mais antigas nações do mundo. Afonso Henriques foi dos mais destemidos generais da velha Europa. Pelo tratado de Tordesilhas, (1494) entre o Reino de Portugal e o recém-formado Reino da Espanha para dividir as terras “descobertas e por descobrir” por ambos os reinos fora da Europa. Portugal distribuiu metade do hemisfério, a conquistar, pelos nuestros hermanos.  Em 25 de julho de 1139, este nosso Monarca venceu os cinco reis mouros na Batalha de Ourique. Fazia 28 anos nesse dia. Pois nem com a matemática do «branco é galinha o põe» os Portugueses fixaram estas duas datas decisivas para quem deve ter um mínimo de cultura geral.

Dias 4 e 14 deste mês de julho, quer os Estados Unidos, quer a França, celebraram, respetivamente os seus aniversários como todos pudemos ver e ouvir pela televisão.

Nós andamos todos a confundir o 10 de Junho com o dia 24. Os próprios chefes de Estado vêm ao Porto e a Braga celebrar o S. João.  E esquecem-se de que nesse dia, a dois passos daquelas cidades, se situa Guimarães, onde Afonso nasceu e onde S. Mamede se situa.
Apostei que a comunicação social do país nem sequer iria referir essas duas datas. E ganhei a aposta que consistiu em constituir uma Associação cívica que passe a celebrar o 24 de junho, em vez do dia 10 que nenhum simbolismo tem, a não ser a morte de Luís de Camões e o 25 de julho que nem precisa do ano para cantar os parabéns a você.

Guimarães que foi berço da nacionalidade, berço do seu conquistador e símbolo da Portugalidade e da Lusofonia, vai hoje sair à rua com as damas e cavaleiros das Ordens de Ourique e da Grã Ordem Afonsina para que Portugal inteiro e as novas gerações, passem a celebrar estas duas datas, como todas as nações do mundo, sempre o fizeram e vão continuar a fazer, porque nenhum país nasceu de geração espontânea, nem caiu do espaço aos trambolhões.

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