Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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Novo reitor defende uma “revisão estratégica” para o pólo de Chaves

Depois de oito anos à frente da reitoria da UTAD, Mascarenhas Ferreira despediu-se emocionado do cargo mas confiante nas capacidades da nova equipa para cumprir os seus objectivos. Carlos Sequeira assumiu o comando e, de um leque de 77 medidas para os próximos quatro anos, avançou algumas propostas, como o curso de medicina, o Parque de Ciência e Tecnologia, a criação de um capital semente para a construção de uma nova sede para a Associação Académica, o futuro Pavilhão Desportivo e a revisão da estratégia do pólo de Chaves.

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“Ou há de facto uma revisão da estratégia para Chaves ou teremos que congregar esforços em torno do pólo de Vila Real”, explicou Carlos Sequeira, no dia 23, pouco minutos depois de ter sido empossado reitor da Universidade de Trás- -os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Recordando que, no caso de Miranda do Douro, o pólo deixou de ter ensino regular, mas poderá vir a ter alguns cursos de Verão que poderão beber da especificidade do planalto mirandês”, segundo o novo reitor, apesar da academia ter projectos para o pólo flaviense, “sem um plano de investimento, estes não poderão ser consolidados”.

Apesar de revelar que o principal objectivo, e tendo em conta a aproximação do início do ano lectivo, “é preparar tudo para que este comece sem sobressaltados, Carlos Sequeira revelou desde já algumas das medidas mais “ousados” que traçou para os próximos quatro anos, a primeira das quais a aposta na aprovação do curso integrado de medicina na UTAD.

O reitor reconhece “isoladamente será complicado” cumprir essa ambição, no entanto está confiante num projecto criado em parceria com outra universidade “que detenha conhecimento na área”. “Estou convicto que acontecerá, a não ser que a tutela não entenda que toda esta zona que se estende do Vale do Sousa a Bragança necessita de uma forte lufada de ar fresco no ensino da saúde”, defendeu.

Entre as 77 medidas do seu plano de acção, o reitor destacou ainda a criação do Parque de Ciência e Tecnologia e de uma incubadora de empresas, além de “todo um plano de infra-estruturas que deve ser consolidado”.

Carlos Sequeira referiu ainda que espera ver no terreno, dentro dos próximos quatro anos, o projecto de construção do novo Pavilhão Desportivo, uma infra-estrutura necessária para libertar a Nave de Desportos, equipamento que tem uma vertente mais pedagógica e que tem vindo a degradar-se devido a uma utilização excessiva.

“Existe um projecto de execução. Podíamos lançar um concurso para a construção, mas precisamos de um financiamento”, explicou.

Ainda no que diz respeito a novas infra-estruturas, o reitor adiantou a intenção de lançar um “capital semente” para a construção de uma nova sede para a Associação Académica. “A nova sede é um desidrato antigo. Não é uma proposta para se concluir num ano. É preciso multiplicar os fundos”, advertiu o mesmo responsável.

Depois de um discurso comovido de despedida, Armando Mascarenhas Ferreira, que durante onze anos foi vice-reitor e nos últimos oito foi reitor da academia transmontana, admitiu que “todos os bons objectivos ficaram um bocadinho a meio”. “Não tenho a certeza que terei feito tudo bem. Com certeza fiz algumas coisas menos bem outras razoavelmente bem”, reconheceu o ex-reitor, sublinhando dos projectos em especial que gostaria de ver concluídos, “a criação do Parque de Ciência e Tecnologia e, no futuro, do mestrado integrado em medicina”.

“Um abraço muito forte por terem trabalhado comigo, por terem ajudo e vestido a camisola em muitas situações difíceis”, foram as palavras de Mascarenhas Ferreira a toda a comunidade universitária.

Após a tomada de posse do novo reitor, teve lugar a investidura da restante equipa reitoral, constituída pelos vice-reitores Isolina Poeta (Assuntos Administrativos e Financeiros), Jorge Azevedo (Ensino e Formação), Carlos da Costa Assunção (Investigação e Cooperação), e pelos pró-reitores António Fontaínhas Fernandes (Estruturas Especializadas e Projectos Estruturantes), António José da Silva (Desenvolvimento e Internacionalização), Fernando Franco Martins (Património Edificado, Ambiente e Segurança), Alexandra Fidalgo Esteves (Avaliação e Qualidade), João Manuel Barroso (Inovação e Gestão da Informação) e Isabel Vaz Nicolau (Comunidade Universitária e Ligação à Sociedade).

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