Este canal televisivo aproveita os intervalos das suas séries para oferecer um “momento de aprendizagem” sobre as terminologias relacionadas com a identidade de género e sexualidade. Assim se presta, segundo dizem, uma “homenagem e um compromisso com a promoção da literacia de identidade de género e combate à intolerância e ao preconceito”.
É de ficar espantado como é que nasceram, ultimamente, tantas identidades de género e orientações sexuais como cogumelos, como por exemplo: Não binária; Queer; Trans; Cis ou Cisgénero; Aliada; Pansexual; Misgendering, entre outras. Pelo que vejo, atualmente, no campo da sexualidade, vale tudo, e todas as combinações são possíveis e aceitáveis. O que importa é o que se vai sentindo no momento e tudo sacrificar e mudar pelo prazer e o fruir rápido e imediato. Deves ser o que sentes a cada momento. E, claro, continua-se com a desconstrução ideológica do masculino e do feminino. A natureza não vale nada, nem tem que te impor nada. Tu és o que queres, quando queres e com quem queres.
Sinceramente, isto não me parece orientação, mas caos e desorientação sexual. E não venham já com a conversa do não julgar. A primeira atitude de um cristão é acolher as pessoas e não julgá-las, mas temos de nos perguntar até que ponto tudo isto tem sentido e se não estamos a contrabandear a natureza humana e educar as pessoas numa autêntica trampa ideológica, bem servida por interesses e poderes bem instituídos. Já está mais do que comprovado e aceite que existem pessoas homossexuais e bissexuais, homens com personalidade feminina e mulheres com personalidade masculina. O mais que se anda a inventar parece-me pura manipulação de uma grande franja da sociedade que é individualista, vive muito só, não tem referências, e vive muito centrada no consumo e no prazer da vida. Por isso, é muito volátil e manobrável para muitos fins e interesses.
Não é aceitável que se entenda o ser humano como um produto que se pode ir moldando ao sabor do sentimento e do fruir do momento. Há uns anos, a morte e a eternidade estavam no centro das preocupações das pessoas, o sexo era tema tabu, era pudor. Hoje a morte está transformada no tema tabu e a sexualidade ocupa o centro das atenções, ao ponto de se estar a tornar doentia. A sexualidade é uma dimensão importante da vida, mas não é o centro da vida.