Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Barroso da Fonte
Barroso da Fonte
Escritor e Jornalista. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

O crime de Ermelo e o Stress de Guerra

Foram os jornais que deram a notícia: o criminoso que em 11 de Outubro passado matou, com uma caçadeira, na mesa de voto de Ermelo (Mondim de Basto), o marido da candidata a Presidente da Junta de Freguesia, foi condenado a 13,5 anos de cadeia, pelo crime de homicídio simples e mais dois anos pelo crime de detenção de arma proibida.

Ou seja: 14,5 anos. Dizem os jornais que o crime não podia ser considerado «qualificado», porque, se o fosse a moldura penal iria até aos 25 anos. E reafirmam os cronistas que o Tribunal o absolveu do crime de detenção de arma em local proibido, por considerar que a mesa de voto ainda não estava em funcionamento à hora do crime. Mais adiante lê-se que o Tribunal «teve em conta que o arguido sofria de perturbações pós-stress traumático e abusava de bebidas alcoólicas».

Não conheci a vítima, nem o assassino, nem sequer os advogados de qualquer uma das duas partes e muito menos os magistrados. Não me move a partidarite que foi o pretexto do homicídio.

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