Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025
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O Governo da Diocese

O Bispo de Vila Real, D. Joaquim Gonçalves, proferiu, na segunda-feira, uma palestra no Rotary Clube da Régua durante o seu jantar festivo. A acção, aberta à comunidade, contou ainda com rotários de Vila Real e Lamego e foi presidida pelo jornalista Augusto Macedo, que contextualizou a iniciativa, justificando o sentido abrangente do movimento rotário que reconhece todas as religiões, ideias e credos. A identificação da generalidade dos seus membros com a Igreja Católica não os impede – antes pelo contrário – de cumprirem o ideal de servir, consagrado pelo movimento.

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A Diocese de Vila Real foi assim apresentada pelo seu Bispo, que evidenciou os aspectos relevantes da sua existência.

A Diocese de Vila Real, criada por Bula de 20 de Abril de 1922, nasceu pobre. No acto da criação, houve dioceses que receberam um dote: casas, colégios e propriedades geradoras de rendimentos. A de Vila Real nasceu bem estruturada nos limites territoriais exactos do distrito, o que não sucedeu com a generalidade das restantes, mas, deve ao esforço e à capacidade dos seus bispos, sobretudo dos primeiros, a sua afirmação.

O primeiro foi D. João Evangelista Vidal (1923-1933), que ao ver-se perante uma diocese sem seminário, sem propriedades e nem mesmo residência, se fez ao caminho, procurando no exterior onde havia transmontanos com meios, o apoio necessário para a construção do edifício hoje conhecido como Seminário e onde se concentraram todos os serviços. Trabalhos que continuaram com D. António Valente da Fonseca (1933-1967), segundo Bispo, e foram consolidados com D. António Cardoso da Cunha (1967-1991). A criação do Paço e da Casa do Clero Idoso, a inaugurar brevemente, são já obra do actual Bispo, D. Joaquim Gonçalves.

Definindo três áreas intrínsecas, deixou os pormenores da administração e da doutrina, para abordar o que designou por governo na perspectiva cristã da vida. Partilha de tarefas e iluminar áreas que vão da política à economia e do ensino à medicina, abrangendo os âmbitos da vivência humana.

Hoje, a estrutura da Igreja Católica, em Vila Real, enfrenta dificuldades, mas não tem angústias quanto ao seu futuro. Conta 117 sacerdotes e se dos 86 párocos, 18 têm mais de 75 anos, 36 estão com menos de 50. Existe um grande espírito de ajuda e a frequência do seminário permite perspectivar a possibilidade de dois novos sacerdotes por ano.

Longe vão os tempos em que a diocese cedia sacerdotes para outras regiões do país e do mundo, porém levando em consideração os problemas de cultura e civilização dos tempos, é de esperança o marco do futuro. Na contabilidade da diocese, Vila Real deu ao país 22 Bispos e actualmente ainda conta quatro: Em Setúbal, Fátima / Leiria, Bragança e o seu coadjutor em Vila Real.

D. Joaquim Gonçalves preside aos destinos da diocese, desde 1991, conta desde o ano passado, com o apoio de D. Amândio José Tomás como Bispo Coadjutor, a quem espera confiar a jurisdição daqui a dois anos, quando atingir os 75 anos de idade.

 

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