Quanto ao desemprego, discursa esta opinião:
– Num país onde não se produz nada? Nem um alfinete? Onde está tudo por fazer? Quem diz que não há trabalho? Pode faltar tudo, mas trabalho é que não falta! Agora… empregos … isso sim, acredito que falte!
E se lhe falo do défice, avança logo:
– Histórias da carochinha! Mandem metade dos políticos para casa, cortem-lhes à ração, apertem as aduelas às Câmaras, acabem com as empresas públicas, e vai ver se o lucro não aparece!
Calo-me. O barbeiro, ao falar nestas coisas, enrubesce, ergue a voz de revoltado, esbraceja, e não é aconselhável retorquir a um homem com uma navalha na mão.
E, como as cerejas, a raiva de um homem
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