Os tempos que estão a passar têm bastante de semelhante com os tempos que antecederam a vinda, o nascimento de Seu Filho e nosso Irmão Jesus Cristo. Diz, até, um cântico referente àqueles tempos: “O povo andava nas trevas /Mas viu uma grande Luz, / Contai, ó Povos, / Em Belém, nasceu Jesus”!
Depois do ‘pecado original’ de Adão e Eva, estes tiverem que abandonar o Paraíso Terreal, também chamado Éden, lugar de delícias de toda a ordem – foi para isto que Deus o criou a favor do casal, suas primeiras criaturas criadas à Sua imagem e semelhança, – e a Humanidade caiu numa enorme confusão espiritual. (Tudo isto por causa da ‘curiosidade de Eva’ em serem como deuses; aliás, é proverbial atribuir-se às madames o ‘pecado da curiosidade’, – isto sem ser minha intenção dizer-lho por ofensa; palavra de honra; aliás também há cavalheiros muito curiosos e, talvez, mais ainda; além disto, têm outros pecados, que só Deus os conhece! Falei em ‘curiosidade’ só por ser proverbial; mas, continuo a prevenir: ‘cuidado com a curiosidade’, sobretudo quando é demasiada. Filhos de Deus, prevenidos, ‘valem por dois (ou mais)’.
Os séculos que antecederam aos Nascimentos de Jesus e de Sua Mãe foram tenebrosos para a Humanidade. A mente obscurece-se-lhes. Viviam como numa noite espiritual, religiosa. Não conheciam o verdadeiro Deus, a Quem deviam adorar e amar. Mas, como o ser criado por Deus é, por sua ‘natureza’, um ser religioso – tem e traz consigo o ‘dedo’ do Criador – começou por inventar ‘deuses’ a quem pudesse agradecer e suplicar. Portanto, o povo caiu numa enorme idolatria de ‘deuses’, por tudo e por nada, para isto e para aquilo. Era uma grande confusão, com raríssimas excepções, providencialmente enviadas por Deus, para tentar salvar o Seu povo, com os Profetas, p.e.. Mas, até estes eram perseguidos e mortos, tal a cegueira dos povos…
Até que o Senhor – não cansado das ofensas – Ele não é como nós – mas por grande misericórdia e amor indefectível ao Seu povo, na hora aprazada, escolheu um casal ‘virtuoso’, por Ele inspirado, Ana e Joaquim, já de idade avançada, ‘onde reinava a virtude e não a pecaminosa curiosidade’, de cujo casal nasceu Maria da Qual deveria nascer, um pouco mais tarde, o Salvador, N. S. Jesus Cristo. O espírito de piedade e de justiça do povo despertou, passados séculos e começou a venerar o Nascimento da Virgem Maria no primeiro domingo de Setembro que, por motivos ainda não bem esclarecidos, passou a celebrar-se em oito destes mês. Primeiro, a título local; com os tempos, começou a universalizar-se. Santa Ana e São Joaquim foram canonizados. Sua Filha, a Virgem Maria, começou a ser venerada e, hoje, é a mais Santa das Criaturas – a seguir a Seu Filho, não criado. É Deus! Luz de uma Luz, a Quem veneramos com o título de Nossa Senhora da Natividade! Que Ela nos abençoe e livre de todo o mal!