Domingo, 1 de Dezembro de 2024
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O pórtico da discórdia

Fomos recentemente positivamente surpreendidos pelo teor da Resolução da Assembleia da República N.º 38/2019 na qual é recomendado ao Governo que proceda ao “estudo de uma alternativa ao «Pórtico do Estádio», defendendo os melhores interesses de Aveiro e acabando com uma grave injustiça para com os aveirenses”.

Após algum trabalho de pesquisa, foi possível percebermos que o fundamento para esta Resolução prende-se com o facto de a localização deste pórtico da A25 se traduzir numa injustiça para todos aqueles que diariamente circulam dentro da malha urbana da cidade de Aveiro.

Aqui chegados, parece-nos que Vila Real padece de um problema semelhante pelo que, deverá ser merecedor de igual tratamento. Cumpre no entanto esclarecer que referimos semelhante (e não igual) porquanto o pórtico a que nos reportamos não se encontrava inicialmente previsto aquando da construção da A24.

Reportamo-nos em concreto ao pórtico situado, imediatamente antes da saída para a Zona Industrial de Vila Real (sentido Chaves – Viseu), ao quilómetro 69,3 da A24. 

A localização deste pórtico impede que este pequeno troço da A24, conjugado com o IP4/A4, funcionem como uma verdadeira cintura exterior para escoamento de tráfego automóvel à cidade de Vila Real, impedindo assim uma deslocação gratuita mais rápida para a zona industrial de Vila Real e para o Nordeste do concelho de Vila Real bem como, um alívio do trânsito no centro da cidade.

Bastaria apenas que o mesmo fosse deslocado 700 metros (para o quilómetro 68,6 da A24), para que esta situação ficasse resolvida, de forma muito semelhante ao que já sucede com cidades como Lisboa, Porto ou Viseu, por exemplo. 

Esta simples medida teria um real impacto na vida de todos os vila-realenses (e dos demais que por cá vão fazendo ainda que parcialmente as suas vidas) porquanto, para aqueles que passariam a utilizar, este troço significaria uma melhoria dos seus tempos de deslocação diários. Para os demais, estamos certos que a movimentação deste pórtico significaria um alívio na circulação automóvel em algumas artérias relevantes da cidade.

Sendo do domínio público o esforço que o senhor presidente da Câmara Municipal de Vila Real tem feito neste sentido, esta matéria, por se tratar de uma matéria objecto de um Contrato de Concessão, necessita de ser negociada pelo Governo (com ou sem Resolução da Assembleia da República).

Assim, considerando que se trata de uma matéria de âmbito local politicamente consensual, cumpre que todas as forças vidas da cidade se unam ao seu presidente de Câmara neste luta e possam ser ouvidas como Aveiro já foi numa situação muito similar.

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