Quarta-feira, 9 de Outubro de 2024
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O renascer da futura Escola Superior de Saúde do Alto Tâmega

ESPECIAL ENSINO - Escola Superior de Enfermagem Cruz Vermelha portuguesa

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Foi criada a 30 de abril de 1993.Depois de vários anos sob a alçada da Associação Promotora do Ensino de Enfermagem em Chaves (APEEC), em junho de 2019, a Escola Superior de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado foi transmitida à Cruz Vermelha Portuguesa, que assumiu um novo projeto pedagógico com o objetivo de a transformar, a curto prazo, em Escola Superior de Saúde.

Para atingir esse objetivo, a nova direção, liderada por Rita Paiva Pessoa, deu início ao processo de criação de novos ciclos de estudos, sendo que o primeiro passo é abrir o curso de fisioterapia. 

Da esquerda para a direita: Eduardo Cruz (vogal do conselho de direção), Andreia Félix (vice-presidente do conselho
de direção), Rita Paiva Pessoa (presidente do conselho de direção)

“Em breve, antes de terminar este ano letivo, iremos entregar a documentação necessária à direção nacional da CVP que a fará chegar ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”, referiu Eduardo Cruz, docente e vogal do conselho de direção da nova Escola Superior de Enfermagem Cruz Vermelha Portuguesa do Alto Tâmega (ESECVP-AT), acrescentando que o curso de fisioterapia será um complemento para a estratégia que a direção traçou para o futuro da instituição, com 28 anos de existência, assim como para a cidade e para a região. 

“É estratégico para Chaves e para toda a região. Com o aumento da oferta formativa podemos atrair mais juventude e massa crítica”. 

Expansão

É uma das bandeiras da nova direção na reestruturação da escola, estando a trabalhar no sentido de transformá-la num polo ibérico. 

Com a integração na rede nacional da Cruz Vermelha, que detém ainda escolas de ensino superior em Lisboa e Oliveira de Azeméis, o Programa Erasmus, que já existia anteriormente, ganha nova dimensão. 

“Estamos com projetos conjuntos em mente para alargar a internacionalização”, explicou Eduardo Cruz, sublinhando que dos cerca de 400 alunos que frequentam a escola, 50% são espanhóis. Facto que sempre caracterizou a Escola Superior de Enfermagem e que levou a nova direção a ambicionar por um ensino bilingue, apostando no espanhol. 

Atualmente, a ESECVP-AT é um Local para Aplicação e Promoção de Exames de Português Língua Estrangeira (LAPE) através de um protocolo com o Centro de Avaliação de Português Língua Estrangeira (CAPLE), da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Aqui, os candidatos, que não têm o português como língua materna e que queiram comprovar a sua competência em português nos termos reconhecidos por cada certificado ou diploma, podem realizar exames. 

“Já estamos a certificar espanhóis em Português Língua Estrangeira, e estamos a equacionar a mesma dinâmica relativamente aos portugueses e à língua espanhola”, referiu Eduardo Cruz, acrescentando que, assim, “podemos abranger as duas realidades, portuguesa e espanhola, e ir de encontro ao objetivo preconizado, que é ter um plano de estudos com o ensino das disciplinas também em espanhol”.

INVESTIGAÇÃO 

Num plano estratégico, a escola dinamizou uma Unidade de Investigação e Desenvolvimento, com linhas orientadas para a promoção de Saúde Mental e Literacia e Promoção da Saúde, tendo projetos de Saúde Mental no Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins, de promoção de saúde oral em idosos institucionalizados e a ergonomia e saúde postural no Ensino Básico.

Recentemente, a instituição integrou a associação AquaValor, Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água, que é parceiro fundamental na região e irá permitir uma abrangência interdisciplinar na investigação em saúde.

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