Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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O voluntariado veio de “salto alto”

As corridas de Vila Real sem elas não eram a mesma coisa

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Elas são as voluntárias que dão um brilho especial ao barrulho dos motores, que por estes dias aceleram no circuito internacional mais bonito do mundo.

Ainda estão em clara minoria, mas assumem cada vez mais protagonismo no mundo do automobilismo, nas mais diversas funções, das mais pesadas às mais leves, mas todas com vontade de ajudar e viver intensamente estes dias com adrenalina garantida.

Umas vêm por paixão pela velocidade, outras foram “empurradas” pelos amigos, familiares, namorados, maridos, mas o certo é que, sem o seu apoio, seria bem mais complicado organizar um evento desta dimensão, que está a cargo do Clube Automóvel de Vila Real (CAVR), do qual fazem parte.

Uma delas é Daniela Campeão, voluntária há 11 anos, que foi “arrastada” pelo namorado, hoje marido, que era fiscal de pista. “Não gostava muito de corridas, mas acabei por vir com o meu namorado e comecei a gostar”, confessa esta voluntária, que começou por ter funções na pista e hoje está no secretariado e faz o staff car no nacional de velocidade, com a Rosário Sottomayor. “No início não foi fácil, mas nós, mulheres, aprendemos rápido e hoje conseguimos fazer o mesmo que os homens. Nos primeiros anos que vim, sentia-me muito só na pista, hoje é muito diferente, pois já há muitas mulheres nas mais variadas tarefas, que conseguem fazer tudo o que fazem os homens”, diz, entre risos.

Com menos experiência, mas com a mesma vontade está Carla Correia, que tem o “bichinho” das corridas desde pequenina, gosto que lhe foi transmitido pelo pai e pelo irmão, que estiveram ligados ao CAVR. “Sempre gostei de corridas e no ano passado decidi abraçar este desafio, que foi muito interessante. Este ano, estou de volta para continuar a ajudar de forma a que tudo corra na perfeição”.

Como o avô vivia ao lado do circuito, os carros, os sons e a velocidade fizeram parte da sua infância, altura em que não perdia um dia de provas, tanto dos carros como das motas. “Ainda me lembro de ver milhares de pessoas em Vila Real, que vinham de Espanha, Holanda, França, Bélgica para assistir às corridas. Era emocionante”, recorda esta vila-realense, que já está em contagem decrescente para mais uma edição do circuito internacional.

A estreante Sandra Fernandes está expectante sobre o que vai fazer nos três dias de corridas. Como é novata nestas andanças, espera ficar na pista num cargo com menor responsabilidade. “Gostava de ir para a grelha de partida, porque acho que é mais fácil fazer aquele trabalho. Mas estou pronta para fazer aquilo que me pedirem”.

Elas vêm sobretudo de Vila Real, mas também há voluntárias do Porto, como é o caso de Mónica Oliveira, que não perdia nenhuma edição das corridas no circuito da Boavista. “Já gostava de ver as corridas na Boavista. Depois conheci o meu marido, que já fazia parte do staff das corridas, e acabei por acompanhá-lo nas provas”, refere, adiantando que foi também uma forma de estar mais perto dele, que, nos dias de corridas, “pouco parava em casa”. “Foi um pouco para fazer companhia um ao outro”.

Com sete anos de experiência, Mónica costuma estar no “Pit-Lane”, um trabalho que exige muita atenção ao que se passa ao longo de todo o circuito. “Temos de prestar a máxima atenção nas bandeiras que mostramos aos pilotos, assim como as placas com os seus números”.

Sem ter tido uma formação específica sobre a tarefa que faz, Mónica salienta que o seu professor foi mesmo o marido. “Fui aprendendo com o meu marido, mas quando há formações faço questão de participar para estar a par das novidades”.

Apesar de não ser vila-realense, Mónica confessa que “adora as corridas de Vila Real”, onde a emoção e a adrenalina são uma constante. “Sou suspeita porque sempre gostei destes ambientes, mas acho que todos devem vir ver as provas e os pilotos, num local único, que o vai surpreender”.

Do lado feminino está tudo a postos e a torcer para ver o Tiago Monteiro no lugar mais alto do pódio. “Força Tiago e acelera Vila Real”.

 

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