Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2024
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Oitavo aniversário traz o sentimento de que “ainda há muito para fazer”

Classificação vai ser assinalada com a organização de uma conferência internacional e vários ‘workshops’ conduzidos pela National Geographic, mas, para alguns, o Douro ainda carece de muito trabalho antes que se possa comemorar em pelo o reconhecimento atribuído pela UNESCO.

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No dia 14, a região completa mais um aniversário sobre a classificação do Douro como Património da Humanidade, uma data que será assinalada com um congresso internacional, a realizar-se em Vila Real, e que volta a trazer à tona algumas críticas relativamente ao desenvolvimento da região no final de oito anos desde o reconhecimento da UNESCO.

“Preocupa-nos profundamente a incúria a que o Douro Património da Humanidade está sujeito”, explicou António José Teixeira, presidente da Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR), que considera ainda como “inexplicável” o facto de, no final de oito anos de classificação, a região não ter “um gabinete, um rosto” que assuma a responsabilidade de cumprir os objectivos do estatuto atribuído pela UNESCO, “a preservação e valorização das potencialidades da região”.

Também António Martinho, presidente da Entidade Regional de Turismo do Douro (ERTD), sublinhou que “ainda há um longo caminho a percorrer”, adiantando, no entanto, que o desenvolvimento da região vai ganhar um novo fôlego com um conjunto de projectos que já contam com apoios financeiros e estão prestes a iniciar-se, e outros que esperam pela garantia de comparticipação do Estado.

“É verdade que estamos hoje em melhores condições para poder potenciar o estatuto de Património da Humanidade”, explicou o mesmo responsável, sublinhando que é preciso continuar a “preservar as características que levaram à classificação, é preciso impedir que se lapide o diamante”.

Relativamente aos projectos que a ERTD tem para desenvolver no turismo no Douro, António Martinho destacou a terceira fase de sinalização da região, um projecto orçado em 100 mil euros que vai incidir não só nos 24 mil hectares classificados, mas em todo o território da Região Demarcada, devendo estar pronto antes da comemoração no nono aniversário da classificação.

“Precisamos de verbas para desenvolver o Plano de Marketing e Comunicação e concretizar a reestruturação da rede de postos de turismo”, defendeu o presidente da Entidade Regional entre o rol de projectos para a região.

O aniversário será marcado com uma conferência internacional que, organizado pela Estrutura de Missão do Douro, vai promover o debate sobre o tema “Destino Douro – Turismo, Sustentabilidade e Património Mundial”.

Segundo um programa provisório, o encontro contará com responsáveis UNESCO, da National Geographic, da Fundação Nações Unidas / World Heritage Alliance, da Parceria Global de Critérios para um Turismo Sustentável e da Universidade George Washington. No âmbito da conferência, marcada para o dia 14, no Teatro de Vila Real, irão realizar-se ainda, na Escola de Lamego, no dia 15, vários ‘workshops’ conduzidos pela National Geographic.

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