O técnico vila-realense teve que operar algumas alterações na equipa, com os castigos e lesões que têm afectado o plantel. A grande surpresa foi a colocação de Luís Carlos a defesa esquerdo. Uma posição nova para o médio ofensivo, mas que conseguiu superar com distinção, não comprometendo o trabalho desenvolvido.
Num jogo importante para as duas formações que vinham de duas derrotas consecutivas para o campeonato, entraram melhor os homens da casa, que cedo, se acercaram da baliza de Vieira. Um domínio consentido pelos vila-realenses que tentaram jogar em contra-ataque. E foi numa jogada rápida que Nuno Meia esteve perto de inaugurar o marcador, mas o médio criativo deslumbrou-se, em demasia, e a bola acaba por ‘morrer’ na defesa da Oliveirense. A resposta saiu dos pés de Fidalgo, após uma perda de bola em zona perigosa, mas o remate sai a rasar a barra. Os visitados, sempre dominadores, sentiam muitas dificuldades em entrar no último reduto do adversário, que conseguia manter a bola longe da sua baliza. Como era difícil entrar na área, os minhotos optaram por privilegiar o remate de fora da área, mas a bola nem sempre levava a melhor direcção ou então, Vieira dizia ‘presente’.
O nulo verificado ao intervalo era um resultado justo pela produção das duas equipas, na primeira parte.
Nos segundos 45 minutos, a Oliveirense entrou com grande dinâmica ofensiva, incutindo muita velocidade no seu jogo. Não foi de estranhar o golo, à passagem do minuto 52’. Depois de várias perdidas incríveis dos avançados da casa, com Vieira em grande destaque ao fazer duas excelentes intervenções, à terceira tentativa foi de vez. A bola é levantada para o coração da área, onde aparece César Marques, livre de marcação, a cabecear para o fundo da baliza. Vieira nem se mexeu, perante a passividade total dos colegas da defensiva.
Volvidos 3 minutos, de novo, igualdade no marcador. Bessa abre, na direita, para a corrida de Pedro Bouças, muito possante, ganha sobre o adversário e à saída de Rui Fortes, atirou cruzado para o golo do empate. Uma excelente jogada de insistência do avançado vila-realense, sempre muito combativo na frente atacante.
Até ao final, assistimos a um jogo de sentido único, com a equipa da casa à procura do golo que lhe garantisse os três pontos. Mas, Vieira esteve intransponível entre os postes. A cinco minutos do final, Castanha vê o cartão vermelho directo por agressão a um adversário. O árbitro não teve dúvidas em dar ordem de expulsão ao médio. Com maior ou menor dificuldade, a defesa alvi-negra conseguiu suster o maior poderio ofensivo dos minhotos que tudo fizeram para vencer, mas Vieira negou por diversas vezes o golo à Oliveirense.
O ponto conquistado acabou por ser um prémio para os transmontanos, que tiveram no guarda-redes Vieira a sua estrela maior.