O município de Mondim de Basto aprovou, na última reunião de câmara, um orçamento de 13 milhões de euros para 2019 que aposta essencialmente na execução de 15 projetos para o desenvolvimento do concelho. Superior em 1,7 milhões de euros comparativamente ao anterior, este orçamento prevê não só mais investimento, mas também um melhor aproveitamento do quadro comunitário.
À VTM, Humberto Cerqueira, presidente da autarquia, classificou o documento como “rigoroso” e “cumpridor”, referindo que esses projetos para fundos comunitários dizem respeito a “um total de 9,1 milhões de euros a serem executados nos próximos anos”. Apesar de 1,6 milhões estarem afetos ao pagamento anual da dívida herdada pelo anterior executivo, o autarca salienta que o orçamento municipal incluiu “a execução de projetos de enorme importância para o futuro do concelho”.
“Destacava neste ponto, a requalificação e modernização da Escola EB 2,3/S, num valor previsto de 2,5 ME, o alargamento da rede de saneamento básico na freguesia de Mondim, estimado em 2,4 ME, o investimento no combate ao insucesso e abandono escolar, com uma verba de 179 mil euros, a reabilitação e ampliação da Casa da Cultura, um projeto que ascende 1 milhão, a reabilitação energética do pavilhão gimnodesportivo municipal, no valor de 326 mil euros, a melhoria das condições para a prática do parapente, com um investimento previsto de 237 mil euros e a instalação da Casa das Memórias de Ermelo, num valor que ultrapassa os 100 mil euros”, enumerou, acrescentando ainda que, no terreno, estão já em execução a conhecida como ‘obra do século’, a ligação de Mondim de Basto a Celorico de Basto, bem como a beneficiação do edifício da habitação social e a rede periurbana de passeios.
Quanto à vertente social, o autarca realça a medida de apoio à aquisição de medicamentos, o apoio da autarquia no transporte dos doentes e o funcionamento da loja social que proporciona bens de primeira necessidade às pessoas mais carenciadas.
“Uma boa parte do orçamento corrente destina-se a fazer face aos vários programas de cariz social que o município implementa anualmente no concelho. Contamos com uma medida de apoio à aquisição de medicamentos que abrange quase 80 famílias carenciadas do concelho, com uma verba anual de 10 mil euros; temos a funcionar a loja social que apoia, com bens de primeira necessidade, as pessoas mais carenciadas e contamos ainda com uma medida de apoio ao transporte de doentes para consultas, num protocolo com os bombeiros voluntários”, destacou.
No entanto, este orçamento não agrada à oposição política do executivo socialista. Em comunicado enviado à imprensa, o CDS de Mondim de Basto acusa o executivo, liderado por Humberto Cerqueira, de ter elaborado um orçamento “sem esperança, à mercê da inoperância e incapacidade para definir uma estratégia e um rumo de crescimento”, onde 3,1 milhões de euros dizem respeito a despesas com pessoal, um valor que não agrada aos centristas que referem tratar-se de um “montante histórico”.
Perante estas acusações, o autarca explicou que o “quadro de pessoal tem vindo a ser reforçado com técnicos superiores de forma a estarmos mais preparados para as atuais necessidades”. Porém, Humberto Cerqueira aproveitou ainda para referir que “as obras estão a ser executadas” e que “só não vê, quem não quer”, terminou, referindo que “esse partido é um conjunto de pessoas radicais, de extrema-direita e impreparadas”.
Humberto Cerqueira satisfeito com o avanço da ‘obra do século’
Com as obras a decorrerem há apenas dois meses, o executivo camarário visitou, na quarta-feira, juntamente com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, a obra em curso na ligação de Mondim de Basto à EN 210.
“A obra está a avançar bem”, foram estas as palavras proferidas pelo presidente da câmara municipal de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, depois de observar os trabalhos na obra que “vai ficar para a história” e que “há muito era desejada pelos cidadãos”, uma vez que a única ponte que ligava Mondim a Celorico de Basto remetia ao ano de 1882.
“Estão a ser feitos os trabalhos de desmatação da área, onde será implementada a estrada. Além disso estão a decorrer as obras de preparação das duas pontes que vão ser construídas, uma sobre o Rio Tâmega (com 232 metros de extensão) e outra sobre o Rio Viade (com 154 metros de extensão)”, referiu, acrescentando que “tem sido um processo normal, pois a obra foi consignada há apenas dois meses”.
De referir que a intervenção está orçada em 7,6 milhões de euros e conta com uma extensão de 2,6 quilómetros que estará concluída em março de 2020.