Ou seja, “nós formamos bombeiros voluntários, que depois precisam de pôr comida na mesa e com o rendimento que auferem na corporação não conseguem, pelo que optam por outras instituições, como a GNR ou os Sapadores Florestais, que abrem concursos e acabam por levar os bombeiros, quando fomos nós que lhe demos a formação. Acabamos por perder profissionais, que provavelmente iriam ser voluntários, pelo que o voluntariado fica reduzido a nada ou quase”.
A mesma preocupação tem o presidente da associação, Humberto Santos, que está na direção desde 1998. “Os recursos humanos são cada vez menos, porque a população tem diminuído muito. E também me parece que as pessoas têm perdido um pouco da sua voluntariedade. A vida é muito diferente do que era há 30 anos. Hoje, a profissionalização poderia resolver o problema. Temos de enveredar por aí, porque o voluntariado tem diminuído bastante”.
“A associação está bem preparada, com veículos para todas as ocorrências, só nos falta os recursos humanos”
Humberto Santos – presidente
Apesar das dificuldades, revela que a corporação tem “uma situação financeira estável”, com uma “gestão rigorosa, em que não tenho nenhuma fatura para pagar em cima da minha mesa, apesar de os custos serem cada vez maiores e os subsídios são poucos”.
Com a missão de ajudar o próximo, Humberto Santos sublinha que “a população de Alijó sabe que os bombeiros estão presentes, quando tocamos a sirene, os voluntários aparecem sempre. Pode, por vezes, dar a impressão que os bombeiros estão um pouco alheados, mas quando há o toca a reunir, eles aparecem”.
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