Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
No menu items!

Pais questionam segurança das novas instalações

A existência de uma clarabóia que atravessa os dois andares do edifício, a altura a que foram instalados os extintores e uma porta de vidro na zona de lazer das crianças, são alguns dos pormenores do ampliado edifício da escola da Araucária que estão a motivar a preocupação dos pais. A autarquia garante que está a ser feito um relatório sobre possíveis lacunas, mas lembra que o projecto do edifício foi aprovado pelo Ministério da Educação, o que já é uma garantia do cumprimento dos requisitos de segurança exigidos.

-PUB-

Os encarregados de educação dos alunos que frequentam a escola do Ensino Básico do primeiro ciclo (EB1) e Jardim-de-Infância (JI) do Bairro da Araucária manifestaram a sua preocupação para algumas questões de segurança do edifício, que entrou em funcionamento no dia 14, depois de uma intervenção orçada em mais de 1,6 milhões de euros.

Luísa Heleno, mãe de uma criança que frequenta actualmente o primeiro ano de escolaridade, foi um dos encarregados de educação que acedeu ao convite da autarquia para uma visita às novas instalações, realizada no dia 16. “Posso ser leiga no assunto mas há várias questões que me preocupam”, explicou.

A maior apreensão está na existência de uma clarabóia que atravessa o edifício e que, no primeiro andar, tem um parapeito de segurança demasiado baixo, e que já chegou mesmo a ser implementado com uma pequena grade. “Mesmo assim, é fácil para as crianças se encavalitarem e caírem” acidentalmente, considerou Luísa Heleno, que, apesar de considerar que a “luz directa” é muito boa, defende a colocação de uma protecção mais eficaz.

A altura a que os extintores foram instalados, “demasiado baixa”, é outra das questões levantadas pela encarregada de educação, que lembra que “facilmente uma criança pode bater com a cabeça” no equipamento.

A mesma responsável falou ainda na existência de uma porta de vidro na zona de lazer dos alunos que não parece adequada, uma vez que não tem quaisquer riscas coloridas para chamar a atenção das crianças para a sua existência.

Também Daniela Liberato, mãe de um aluno da quarta classe, enumerou as mesmas problemáticas, referindo que o filho já confessou que “experimentou pendurar-se” no referido parapeito. “São crianças. Por muito que os ensinemos, não se pode esperar que tenham determinado tipo de cuidados”, explicou a mãe, alertando ainda para a questão do refeitório “que parece pequeno para servir a escola”, tendo em conta que no próximo ano esta irá receber dezenas de alunos de outros estabelecimento de ensino do agrupamento, funcionamento como um verdadeiro centro escolar.

Contactada pelo Nosso Jornal, Dolores Monteiro, vereadora responsável pelo pelouro da educação na Câmara Municipal de Vila Real, não quis prestar declarações, revelando apenas, através do gabinete de relações públicas, que hoje será entregue um relatório elaborado pelo director da escola sobre a primeira semana de funcionamento das actividades escolares no novo edifício. No documento deverão ser expostas possíveis lacunas provenientes da necessidade de “adequação do espaço ao normal funcionamento da escola”, entre as quais poderão constar algumas das situações levantadas pelos pais.

No entanto, a autarquia frisou também que o projecto foi aprovado pelo Ministério da Educação, “cumpre portanto todas as regras de segurança exigidas por lei”.

O projecto de ampliação da escola da Araucária foi o maior de um conjunto de três intervenções em escolas do primeiro ciclo do concelho que, por sua vez, insere-se num rol de projectos idealizados no âmbito da reestruturação da Rede Escolar Municipal.

Naquele estabelecimento de ensino, que será considerado “como um dos quatro centros escolares de Vila Real”, foi praticamente duplicada a capacidade e construídos espaços como um biblioteca, refeitório, ginásio e salas de actividades, entre outros.

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS