“Muitas pessoas têm medo da velhice. Consideram-na uma espécie de doença, com a qual é melhor evitar qualquer tipo de contacto: os idosos não nos dizem respeito – pensam elas – e é conveniente que estejam o mais longe possível, talvez juntos uns com os outros, em estruturas que cuidem deles”, escreve Francisco.
O texto, divulgado pelo Vaticano, aponta ao que o Papa tem chamado de “cultura do descarte”, realçando que “os idosos não são proscritos” e têm um papel a desempenhar, na Igreja e na sociedade.
A mensagem evoca os cenários de crise provocados pela pandemia e a guerra na Ucrânia, alertando para “outras ‘epidemias’ e outras formas generalizadas de violência que ameaçam a família humana e a casa comum”.
O Papa realça a importância de uma “velhice ativa”, também do ponto de vista espiritual, para assumir uma “nova missão”. “Peçamos a Nossa Senhora, Mãe da Ternura, que faça de todos nós dignos artífices da revolução da ternura para juntos libertarmos o mundo da sombra da solidão e do demónio da guerra”, refere.
Sobre o Dia Mundial dos Avós e Idosos, que a Igreja Católica vai celebrar a 24 de julho, Francisco pede que seja assinalado em todas as paróquias e comunidades, em particular junto dos idosos mais abandonados, em casa ou nas residências onde estão hospedados.