Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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Paridade e autenticidade

A questão da paridade em listas eleitorais é já debate antigo e que tem a ver, naturalmente, com o crescendo das mulheres nos mais diversos ramos sócio-profissionais. Nas universidades, por exemplo, constituem já a maioria. Daí que se questione a sua ausência em lugares de destaque no âmbito político. No parlamento nacional e nas autarquias, por exemplo, estão em clara minoria. As justificações para que isso aconteça são também antigas e anacrónicas e que vão desde a disponibilidade (casa, filhos…) até à própria apetência pela política. Neste sentido, Manuela Ferreira Leite veio dar um claro e decisivo contributo para a vida política portuguesa e, antes dela, Maria de Lourdes Pintassilgo, a primeira mulher que conseguiu alcançar a chefia de um governo em Portugal, designadamente o V constitucional, de Julho de 1979 a Janeiro de 1980.

Como se sabe, nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, a paridade entre homens e mulheres nas listas de deputados é, pela primeira vez, obrigatória. No entanto, o que deveria constituir um saudável percurso de legitimidade democrática, transformou-se numa espécie de “chico-espertismo” nacional. Com efeito, os partidos políticos tiveram de arranjar os mais diversos estratagemas para que a regra da paridade entre sexos fosse exposta. Neste campo, há que realçar o Partido Socialista. Baseio-me no que vi e ouvi num dos debates televisivos do programa Prós e Contras da RTP. A questão foi levantada, apropriadamente, pelo CDS-PP. O articulado deste partido pode resumir-se ao seguinte: Elisa Ferreira e Edite Estrela são, simultaneamente, candidatas a autarquias

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