Sábado, 7 de Dezembro de 2024
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Pároco absolvido admite que acusações infundadas surgiram por vingança

O padre Sebastião Esteves, considerado inocente de todas as acusações que lhes eram imputadas, acredita que o processo foi despoletado por “vingança de laicos para com as obras religiosas”.

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“Lamento que haja pessoas que queiram destruir uma obra que trabalha em prol das crianças e dos mais carenciados sem qualquer motivo, apenas por vingança”, desabafou, ao Nosso Jornal, o padre Sebastião Esteves que, no dia 12, foi absolvido pelo Tribunal de Vila Pouca de Aguiar de todos os crimes de que era acusado, nomeadamente fraude na obtenção de subsídios, peculato e abuso de poder.

Iniciado em Outubro, o julgamento culminou com o colectivo de juízes a não dar como provada nenhuma das acusações pelas quais estava indiciado o padre Sebastião Esteves, acusações que, segundo o próprio, foram despoletadas por cartas anónimas enviadas à Segurança Social.

Os factos remontam a 2002 e 2003, tendo a denúncia surgido na sequência de uma inspecção do Centro Distrital de Segurança Social de Vila Real que, tanto quanto conseguimos apurar, exigia a devolução de cerca de 500 mil euros que a instituição, alegadamente, teria recebido indevidamente. Segundo a acusação, nos protocolos assinados com a Segurança Social e o Ministério da Educação, o Centro teria indicado ter a seu cargo 80 crianças, no entanto, a inspecção teria constatado que as duas valências eram frequentadas por um número muito inferior de utentes.

Conjuntamente com Sebastião Esteves, estava a ser julgada uma funcionária, Elisa Cardoso, que com ele partilhava a direcção e gestão da Instituição Particular de Solidariedade Social, hoje com as valências de creche e jardim-de-infância, que foi igualmente absolvida de todas as acusações.

Mais do que satisfeito com a “sentença positiva”, o pároco revelou que está “muito contente com o trabalho que, ao longo dos últimos 30 anos, desenvolveu no concelho aguiarense” enquanto impulsionador e presidente do Centro Social Paroquial que ostenta o seu nome.

O pároco mostrou-se satisfeito por se ter “feito justiça” mas, acima de tudo, pelo reconhecimento, por parte do tribunal, do “importante trabalho que a instituição tem feito pelas famílias do concelho, que já mereceu mesmo a medalha de honra de ouro do município” de Vila Pouca de Aguiar.

Segundo o seu presidente, o Centro Social e Paroquial Sebastião Esteves “é um dos primeiros fundados na diocese, há cerca de 30 anos”. “Na altura, a igreja andava muito à frente no que diz respeito à educação… É pena que agora o Estado nos queira engolir”, lamentou o padre, recordando que, noutros tempos, o Centro chegou a ter cerca de três centenas de crianças e jovens em ATL.

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