“Estávamos à espera de um jardim e encontramos um estaleiro, tudo degradado e a cair aos bocados”, contou, ao Nosso Jornal, Maria Luzia, habitante de Pedras Salgadas. Também o presidente da Junta de Freguesia de Bornes de Aguiar, Rui Sousa, criticou o estado do Parque. “Há símbolos do Parque que estão abandonados e fechados, como a Casa de Chá e a área intervencionada tem um aspecto pouco cuidado”. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, também revelou o seu cepticismo e preocupação pelo estado da zona Termal de Pedras Salgadas, facto que o levou a pedir uma reunião com a administração da UNICER. “Há um problema com a apresentação que o Parque. Quando se deu a abertura, todos esperariam que o espaço estivesse devidamente requalificado, atractivo, aprazível, convidativo e que mostrasse as potencialidades, mas, realmente não foi isso que aconteceu. O que encontramos foi uma área pouco tratada e cuidada”.
O SPA é a primeira obra do projecto turístico de Pedras Salgadas e Vidago. No mês de Julho, a piscina exterior (cuja dimensão reduzida também não agrada à população) será reaberta, depois das intervenções de modernização.
O projecto de modernização do SPA está a cargo do arquitecto Álvaro Siza Vieira, que mostrou preocupação em manter a presença de luz directa em todos os espaços, oferecendo assim um contacto permanente com a natureza e com o parque. O seu interior está dotado de uma ala inteiramente dedicada a tratamentos com água mineral, que podem ser ainda ser complementados com práticas de relaxamento e bem-estar.
O Parque Pedras Salgadas detém um recurso único e inimitável com propriedades terapêuticas reconhecidas há mais de cem anos.