Ano após ano, a Igreja e o povo cristão voltam a recordar a sua paixão e morte, durante o tempo de Quaresma, tempo preparatório para a Sua gloriosa ressurreição.
Cristo, verdadeiro Deus humanado, não poderia deixar de nos dar a última e a maior prova da divindade da Sua missão e o poder da Sua própria ressurreição, por Si mesmo, profetizada.
É óbvio que as ressurreições que operaram em Lázaro, no filho da viúva de Naím, os milagres feitos nas substâncias espirituais ou nos seres físicos (a multiplicação dos pães, o caminhar de Jesus sobre as ondas, etc.) comprovam a sua missão divina. Todavia, o homem não acreditava Naquele que tendo poder para tudo, não fosse capaz de se furtar ao vilipêndio de uma paixão e morte tão infamantes.
Com a Ressurreição, nenhuma pessoa de senso equilibrado e alheia a preconceitos religiosos, poderá contestar a divindade da doutrina que O enviado de Deus nos transmitiu. Para nós, cristãos, não há quadra do ano mais solene, consoladora e cheia de santa alegria.
A ressurreição de Cristo é, e continua a ser, o nosso apoio, como o foi nos princípios da Igreja para os primeiros cristãos.
Ao sentirmos pesar sobre nós as dificuldades, que com tanta frequência, se apresentam no nosso caminho, a Ressurreição de Cristo será para o Mundo, um estímulo.
Também chegará para nós o dia em que havemos de ressuscitar e essa ressurreição será tanto mais gloriosa quanto maiores tenham sido os sofrimentos passados nesta vida, com os olhos postos no Céu.
E vem a propósito recordar o apóstolo quando diz: «Se ressuscitaste com Cristo, buscai as coisas do Alto, buscai as coisas de Deus».
Só assim nos realizaremos completamente, pois só desta maneira seremos verdadeiramente obreiros do Evangelho e cooperadores de uma sociedade melhor, de um Mundo novo e próspero.