Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
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Passos Coelho confiante na vitória

A capital do distrito foi um dos destinos da campanha de Pedro Passos Coelho para as próximas “directas” de 26 de Março para a eleição de presidente da Comissão Política Nacional do PSD. Perante uma plateia de apoiantes que encheram o Teatro de Vila Real, o actual presidente da Assembleia Municipal de Vila Real reafirmou, mais uma vez, o seu desejo de unir o partido, dizendo que está preparado para ser candidato a primeiro-ministro.

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Antes do discurso de Pedro Passos Coelho, Manuel Martins, presidente da Câmara de Vila Real, aceitou ser o mandatário distrital da sua candidatura, deixando o recado que “chegou a hora de arejar o partido”. Contudo, seria o responsável pela estrutura Distrital de Vila Real, Domingos Dias, presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, a levar ao rubro os presentes ao “desabafar” as suas queixas e mágoas com o processo da última escolha dos nomes laranja para deputados a eleger pelo círculo de Vila Real. “O distrito foi discriminado e vilipendiado por pessoas que estavam à frente do PSD”. O dirigente “disparou” em várias direcções e Manuela Ferreira Leite, Paulo Rangel e mesmo Aguiar Branco não escaparam. “Pedro Passos Coelho é a nossa escolha. Não é daqueles que só unem quando precisam dos votos. Quando fui a Lisboa propor o nome do nosso candidato para deputado por Vila Real, fui levado para uma sala fria e apareceu-me a Manuela Ferreira Leite, também ela fria, que ao ver o nome sugerido pela Distrital, disse-me que não aceitava, e que isso era ponto assente. Só me apeteceu chorar, já que a presidente do partido não respeitou a vontade dos militantes do distrito”. Ao contrário do que outros dizem, “o Pedro colaborou nas campanhas para as eleições Europeias, Legislativas e Autárquicas, uma coisa que outros candidatos não fizeram”, salientou.

Com uma tónica mais concordata e claramente apelando ao consenso entre o partido, Passos Coelho elogiou a “forma entusiástica” como recebido em Valpaços, Chaves e Vila Real. Com uma estratégia política correcta, evitou qualquer crítica para com os seus concorrentes. O seu discurso apontou baterias para José Sócrates e para o Governo, referindo que “Portugal tem o primeiro-ministro mais descredibilizado desde o 25 de Abril”. “O actual Governo não tem condições para governar até ao fim da legislatura e não tem uma única reforma para fazer neste seu mandato”. O candidato manteve cautela quando assumiu que o PSD “não precisa de criar crises políticas artificiais para chegar ao poder”. Na sua intervenção, Pedro Passos Coelho criticou outras decisões do Governo, em matérias como a banca, justiça, dívida externa e a crise financeira. Recorde-se que, a 26 de Março vai decorrer, entre as 17h00 e 23h00, as eleições directas para presidente da Comissão Política Nacional do PSD, cargo a que concorrem, além de Pedro Passos Coelho, Paulo Rangel, Aguiar Branco e Castanheira Barros. Uma nota para a presença de muitos militantes de Vila Real, Ribeira de Pena, Mondim de Basto, Vila Pouca de Aguiar, Régua e Mesão Frio.

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