Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2024
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Pavilhão Desportivo pronto em Setembro

Mais de uma década depois de idealizado, e não sem antes estar envolvido num processo judicial moroso relativamente à propriedade dos terrenos, o Complexo do Seixo, pelo menos numa primeira fase, está prestes a ser concluído. A autarquia prevê que o pavilhão seja inaugurado em Outubro e que até ao final do ano tenham início as obras do tão ambicionado terminal rodoviário.

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O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Manuel Martins, já confirmou que o Pavilhão Desportivo, que está a ser construído na zona do Seixo, vai estar concluído em Setembro e deverá ser inaugurado em Outubro.

Segundo o autarca, o próximo passo será o arranque, até ao final do ano, da empreitada de construção da Central de Transportes, a nascer junto da nova infra-estrutura desportiva.

“Já temos financiamento aprovado para a construção da Central de Transportes”, garantiu o edil, lembrando que, no total, o complexo do Seixo, que vai contar ainda com um estacionamento subterrâneo, vai custar à edilidade 4,8 milhões de euros.

Apesar de apoiado por fundos comunitários, devido a atrasos na transferência das verbas do Quadro de Referência Nacional Estratégica, o pavilhão tem sido construído às custas da Câmara, sublinhou o autarca durante a sua intervenção no dia da cidade.

Iniciada em Janeiro do ano passado, a primeira fase do Complexo do Seixo, o pavilhão, uma infra-estrutura desportiva pensada para receber competições desportivas de nível nacional e mesmo internacional, com capacidade para 1500 lugares sentados, vários campos de jogos, balneários, ginásio e bar, mas também um parque de estacionamento subterrâneo com dois pisos para mais de uma centena de viaturas.

Até ao final do ano deverá assim iniciar-se a segunda fase do complexo, que inclui a criação do futuro terminal rodoviário que contará com um “cais coberto”, com capacidade para 10 autocarros, uma pequena zona comercial e uma praça de táxis.

O projecto do Complexo do Seixo prevê ainda a reestruturação das artérias de circulação automóvel daquela zona da cidade, prevendo-se a duplicação de vias no troço da avenida Cidade de Ourense (ficando uma reservada exclusivamente para a circulação de autocarros) e a construção de uma rotunda na confluência entre aquela avenida e a rua D. Pedro de Castro.

O projecto arrastou-se durante vários anos devido a um “imbróglio jurídico” entre a autarquia e os proprietários dos terrenos, uma situação que ficou resolvida, em Outubro de 2008, depois de ter recaído sobre a Câmara Municipal de Vila Real o pagamento de uma indemnização de dois milhões de euros à empresa Trigere – Gestão Imobiliária, Lda., pela anulação do contrato de venda dos terrenos em causa.

“Após várias e demoradas negociações, que se arrastam mais de 15 anos, o processo, que envolveu um pedido de anulação da venda dos referidos terrenos, com base no facto de se terem alterado as circunstâncias em que o negócio foi celebrado, por alteração do Plano Director Municipal de Vila Real, chegou a bom porto”, explicou a Câmara Municipal num comunicado divulgado na altura da resolução do contencioso judicial.

De recordar ainda que, em Março do ano passado, a autarquia viu aprovado, por unanimidade, em Assembleia Municipal, a “alteração da finalidade do empréstimo” de oito milhões de euros, a contratualizar ao Banco Santander Totta, para o Complexo do Seixo.

Na altura, o autarca explicou que o empréstimo também teve como finalidade o pagamento de 15 mil euros a uma das empresas envolvidas no processo, e os 2,2 milhões à Trigere, esta última num pagamento faseado, durante quatro anos. Montantes que, segundo Manuel Martins, representam o acerto de valores desde Março de 1991 e o pagamento de despesas com o processo em tribunal.

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