Terça-feira, 25 de Março de 2025
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Piratas pedem resgates elevados para desbloquear documentos

Na câmara de Vinhais, o sistema continua paralisado, mas fonte da autarquia acredita que no espaço de uma semana o problema deverá ser solucionado

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Desde o início do ano, as autoridades já registaram cerca de três dezenas de ataques informáticos que bloquearam vários organismos do Estado, de acordo com a edição de hoje do JN. O mais recente aconteceu na Câmara Municipal de Vinhais, que desde terça-feira tem os serviços praticamente paralisados.

O presidente da autarquia, Luís Fernandes, explicou que ainda não há perspetiva de resolução do problema. “Fizemos a participação às entidades criminais competentes e estamos agora a tentar, junto de empresas especializadas em informática em desbloquear esta situação que nos causa constrangimentos muitos grandes”.

O ataque informático que aconteceu na autarquia de Vinhais é conhecido como ‘ransomware’, que é um vírus normalmente introduzido a partir do estrangeiro e bloqueia o acesso ao sistema, pedindo um resgaste avultado para aceder a documentos que se encontram nesse mesmo sistema infetado.

O autarca disse que cada vez que os funcionários tentam abrir um documento que está encriptado, ele não abre e aparece uma mensagem no ecrã a pedir entre 20 a 30 mil euros para o desbloquear. “Isto acontece em cada um dos documentos”, conta, adiantando que “há documentos que não foram abertos, porque isso poderá ser pior e espalhar ainda mais o ataque pelo sistema informático”, que foi desligado.  

Na autarquia, estão vários especialistas em informática a tentar resolver a situação. Enquanto isso não é possível, os funcionários tentam resolver a situações mais urgentes manualmente, como aconteceu com o processamento de salários.

Entretanto, fonte da autarquia disse à VTM que esperam resolver a situação até ao final desta semana.

A Polícia Judiciária já registou cerca de 30 ataques de ‘ramsomware’, onde se inclui serviços do Estado, sobretudo autarquias, escolas e hospitais.

 

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