Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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Política à Portuguesa

Afinal, Carvalho da Silva, vetusto líder da maior central sindical do país, uma das vacas sagradas da esquerda, um putativo nome para candidato a Presidente da República, encontrou-se com António Costa, antes das eleições autárquicas. Não por mera casualidade, como ambos juraram a pés juntos, mas por que Carvalho da Silva preparara meticulosamente o encontro no Martinho da Arcada. O líder da CGTP admitiu candidamente isso mesmo, pedindo ternas e moralizadoras desculpas aos seus camaradas do partido pela confusão causada. De facto, ele e o ex-presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, mereciam um qualquer prémio de coerência política na campanha por Lisboa, este por apoiar do ponto de vista pessoal Santana, mas não politicamente; aquele por achar Costa o melhor candidato, mas recusar-se a dizer se votaria nele e que não via qualquer desencontro político nesta sua atitude.

Confesso que me estou nas tintas para o mal-estar comunista. O que eu não gostei foi o de me terem feito passar por parvo. Simplesmente por que acreditei na casualidade desse oportuno esbarramento citadino. Afinal, Lisboa não é assim uma cidade tão complicada e fecunda de lugares aprazíveis. Ainda para mais quando se anda em campanha eleitoral autárquica. Mas mais do que a minha ingenuidade (provavelmente fui o único), o número apresentado por estes senhores não é mais do que uma peculiar forma de perscrutar a política. É que por muitas palavras elevadas que se inventem, as eleições são sempre um aperto que vale bem um numerozito destes.

Mas não se fica por Carvalho da Silva

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