Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Presidente da Câmara diz que previa recuo no desconfinamento

O presidente da Câmara Municipal de Lamego disse hoje à agência Lusa que o recuo no desconfinamento era previsto tendo em conta os casos, mas disse esperar avançar na próxima avaliação como o resto do país.

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“O índice registado pelo município, na última avaliação feita pela DGS [Direção-Geral da Saúde], coloca-nos duas semanas consecutivas acima do índice máximo registado o que nos obriga a marcar passo. Uma situação que, de alguma maneira, prevíamos”, assumiu Ângelo Moura.

Uma previsão que o autarca calculou “em função da evolução registada”, embora “esteja a haver uma evolução favorável, porque houve uma diminuição desde a última avaliação até esta, de 288 para 265” por cada 100 mil habitantes e, hoje, disse, “registam-se 62 casos ativos”.

O edil admitiu ainda que “este retrocesso terá consequências gravosas na vida económica do município, por causa das limitações no funcionamento da atividade de restauração e de hotelaria”, tendo em conta que Lamego “também é uma cidade de serviços e de turismo”.

“Temos uma atividade agrícola muito intensa que precisa dos seus canais de distribuição e a imposição de medidas restritivas à atividade económica tem consequências drásticas numa economia que, por si, já está muito alterada e por isso a Câmara tem de acompanhar e tentar apoiar no que for possível”, disse.

“Temos de cumprir com uma série de limitações impostas, mas temos esperança e fundadas expectativas de na próxima avaliação, dentro de uma semana, já podermos acompanhar o resto do país”, defendeu.

O autarca argumentou que “além desta evolução positiva há também o facto de, até ao próximo fim de semana, o concelho ter mais de 10 mil pessoas vacinadas, o que é muito bom, tendo em conta o universo de 26 mil habitantes”.

O autarca assumiu que “os focos estão identificados, mas a infeção está disseminada em toda a comunidade e nas famílias o que implica um trabalho acrescido de identificação de potenciais contágios”.

“Como consequência está um elevado número de lamecenses confinados, posso falar em largas centenas de pessoas confinadas em casa”, disse o autarca, referindo que “há um número relativamente elevado de turmas sem atividade letiva, por causa do confinamento, mas não há escolas fechadas” e “foi isso que levou aos números agora conhecidos”.

Ângelo Moura destacou as “ações de prevenção e de sensibilização” que o município “tem implementado e intensificado” insistiu no apelo ao “cumprimento rigoroso das regras básicas da DGS, assim como o dever cívico do recolhimento” por parte de “todos os cidadãos”.

Os concelhos de Arganil (distrito de Coimbra) e Lamego (distrito de Viseu) vão recuar no processo de desconfinamento, no âmbito da pandemia, anunciou hoje, em conferência de imprensa, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, após a reunião semanal do Conselho de Ministros.

Estes dois municípios regridem para regras definidas em 19 de abril e o concelho de Resende (distrito de Viseu) mantém-se onde já estava na semana passada, no nível de desconfinamento equivalente às regras de 05 de abril.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.999 pessoas dos 840.929 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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