Desde o dia 1 de Julho que o país entrou em alerta, com a entrada em vigor da chamada “Fase Charlie”, o período mais crítico, ao nível do risco de incêndios e que trouxe mais bombeiros e mais meios, para o distrito de Vila Real. Um mês depois do início do aparato nacional pela defesa da floresta, o balanço é muito positivo, com, apenas, 57 incêndios registados e 13 hectares de área ardida.
Entre os dias 1 e 30 de Julho, registaram-se 57 incêndios, menos 182 que em igual período de 2006, segundo contabilizou, ao Nosso Jornal, Carlos Silva, Comandante Operacional Distrital de Vila Real, adiantando que “o balanço é muito positivo”, em relação ao primeiro mês da “Fase Charlie”, devendo-se às condições climatéricas favoráveis que se têm feito sentir, mas, também, à capacidade de resposta dos meios envolvidos.
Segundo Carlos Silva, “desde o início do mês, os incêndios consumiram 13 hectares, o que representa, apenas, cinco por cento de área ardida no mesmo período do ano passado” (um total de 238 hectares).
Comparando os primeiros seis meses de 2006 e 2007 conclui-se que “este ano, houve três vezes menos ocorrências e cinco vezes menos área ardida”, sublinhou o mesmo responsável, contabilizando que “entre Janeiro e Julho de 2006, foram combatidos 611 focos de incêndios que consumiram 963 hectares e, em igual período deste ano, os valores ficaram-se pelos 263 incêndios registados e pouco mais de 200 hectares destruídos pelas chamas”.
Até 30 de Setembro, a “Fase Charlie” mobiliza, no distrito vila-realense, 689 elementos, mais 76 que no ano passado, um acréscimo que se deve, principalmente, ao recurso aos militares dos Regimentos de Infantaria 13, de Vila Real; e 19, de Chaves, num total de 48 homens.
Relativamente ao número de viaturas, a fase mais desenvolvida do dispositivo de combate nacional contempla, também, um aumento do número de viaturas, de 102 para 151, e a actuação de dois helicópteros (sediados em Vidago e Ribeira de Pena) e dois aviões que têm como base a capital de distrito.
No distrito de Vila Real, registaram-se, em 2005, 2.502 focos de incêndios que consumiram uma área superior a 35 mil hectares, números trágicos que, em 2006, foram drasticamente reduzidos, já que os 1.208 incêndios ocorridos consumiram, apenas, cerca de quatro mil hectares de floresta. Números que se espera venham a ser ainda mais reduzidos, no final deste ano.
Maria Meireles