Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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Qualidade da Revidouro reconhecida com co-financiamento garantido

Pela primeira vez na sua história, e inserida num projecto de reabilitação do comércio tradicional alijoense, em geral, e do mercado municipal, em particular, a Revidouro vai contar com um apoio financeiro suportado pelo Programa Operacional da Região Norte. Apesar de garantir que a aposta é na qualidade e não na quantidade, a autarquia assumiu que está a ponderar a realização anual do certame.

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Oito anos depois da sua primeira edição, a Revidouro, Feira de Vinhos e Gastronomia do Douro, que este ano se realizará entre os dias 17 e 19, viu o seu valor e importância para o desenvolvimento da região serem reconhecidos através da atribuição de um financiamento pelo Programa Operacional Regional do Norte (PORN), em cerca de 70 por cento.

“Apesar de termos sempre candidatado a feira aos Quadros Comunitários de Apoio, teve que ser sempre a autarquia a assumir os custos da sua organização”, explicou Artur Cascarejo, presidente da Câmara Municipal de Alijó, satisfeito com a atribuição de cerca de 300 mil euros para as próximas duas edições do certame.

O edil considera que a confirmação do financiamento é um reconhecimento “do esforço que a autarquia tem feito” em prol do desenvolvimento do concelho, das suas potencialidades, e no combate à crise.

O apoio à Câmara Municipal de Alijó para a realização da feira representa a vertente imaterial de uma candidatura maior da autarquia e à sombra da qual se procederá à remodelação e beneficiação do Mercado Municipal, à ampliação da zona desportiva e de lazer, à qualificação e animação do sistema de espaços colectivos e à promoção de Alijó.

Apresentada no âmbito do programa “Parcerias para a Regeneração Urbana”, inscrito no Eixo 4, Qualificação do Sistema Urbano, do PORN 2007 – 2013, a candidatura intitulada “Alijó, um território atractivo, competitivo e solidário” contempla um orçamento próximo dos 1,1 milhões de euros.

“Queremos transformar o mercado municipal numa espécie de pequeno centro comercial ao ar livre”, explicou o autarca, referindo que só assim será possível fazer face às novas grandes superfícies que, com a melhoria das acessibilidades, estão cada vez mais próximas do município, como é o caso de Centro Comercial de Vila Real.

A decorrer entre os dias 17 e 19, a feira de vinhos e gastronomia é já considerada como “uma das mais importantes da região”, reunindo este ano, 90 expositores, representativos de sectores como o vinho, azeite e gastronomia, restaurantes e tasquinhas, artesanato, turismo, associações e/ou colectividades, instituições, entre outros.

No que diz respeito ao sector dos vinhos, entre os expositores presentes, produtores e engarrafadores, vinte são do concelho alijoense, sendo ainda de realçar, no espaço dedicado ao Azeite e Gastronomia (fumeiro, queijos e doçaria regional), “a presença de três produtores de fumeiro tradicional, devidamente licenciados e que utilizam para a confecção dos seus produtos carne certificada de porco bísaro”.

Artesanato e equipamentos agrícolas também estarão representados na feira que contará ainda com oito restaurantes e tasquinhas que prometem deliciar os visitantes com “alguns dos melhores petiscos regionais, como a carne maronesa, peixinhos do rio Tua, bola de carne, feijoada e as melhores sobremesas”.

À semelhança das anteriores edições, a Revidouro 2009 vai ainda ficar fortemente marcada pelo esforço de internacionalização do município que, além de convidar para o certame as cidades com as quais mantém protocolo de geminação, nomeadamente Ossining (EUA), Lamarque (França), Carballiño (Espanha) e Saurimo (Angola), convidou a Old World Importers & Distribuiters AIDIL, uma multinacional de comercialização de vinhos, “através da qual já foram estabelecidos, em anos anteriores, importantes negócios com empresas regionais”.

No que diz respeito à animação, de realçar os espectáculos de Herman José, no dia 17, e de Xutos e Pontapés, no dia 18, estando ainda previsto um vasto programa de entretenimento composto animações de rua, exposições, fados, actividades desportivas, mostra de folclore e, entre outros, um cortejo etnográfico onde estarão representadas todas as freguesias e “um grandioso espectáculo de fogo-de-artifício”.

“Estamos empenhados na qualidade da feira mais que na quantidade, mas se houver condições financeiras para garantir essa qualidade, poderemos vir a organiza-la anualmente”, concluiu Artur Cascarejo sobre o certame que agora se realizada de dois em dois anos.

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